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Capital

Atendente de farmácia atraía clientes para venda clandestina de remédios

Casal foi preso em flagrante por articular farmácia clandestina em Campo Grande

Gabrielle Tavares e Ana Beatriz Rodrigues | 06/09/2022 16:10

Clientes da farmácia clandestina descoberta na noite de ontem (5), no Coophatrabalho, eram atraídos com a promessa de medicamentos mais baratos, sem a necessidade de receita pela mulher de 51 anos, presa em flagrante. Ela trabalhava em uma farmácia regular no bairro, mas vendia os remédios clandestinamente junto com o marido, de 47 anos, que também foi preso.

As investigações aconteceram em parceria entre a Polícia Civil e Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). O delegado Bruno Santhacatarina, afirmou que as vendas aconteciam desde janeiro deste ano.

Na residência, foram apreendidos mais de 300 remédios sem notas fiscais, sendo a maioria de uso controlado.

Não houve resistência do casal aos questionamentos dos policiais. Quem mostrou o quarto onde eram realizadas as vendas foi o homem de 47 anos. No local, ele afirmou que as vendas serviam como uma renda extra para a aposentadoria que recebia, proveniente do trabalho de vendedor de planos de saúde, onde atuou por muitos anos.

Delegado da Denar, Bruno Santhacatarina. (Foto: Paulo Francis)
Delegado da Denar, Bruno Santhacatarina. (Foto: Paulo Francis)

O homem que entregou a participação da esposa no crime. Ela comprava receita de diversos médicos, como ginecologistas, psiquiatras e urulogistas, e as usava para adquirir os medicamentos em grandes quantidades, para revendê-los posteriormente. Tudo isso era feito com cartão do plano de saúde.

Agora, a polícia investiga a participação dos médicos envolvidos. Os profissionais podem responder por venda ilegal de remédio e associação criminosa. O casal vai responder por venda ilegal de remédios, com pena prevista de 10 a 15 anos de prisão, maior que a de tráfico de drogas.

O CRF (Conselho Regional de Farmácia), afirmou que está atuando em parceria com a Denar, para ver se outras farmácias participam do esquema criminoso.

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