ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  18    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Atendente de farmácia atraía clientes para venda clandestina de remédios

Casal foi preso em flagrante por articular farmácia clandestina em Campo Grande

Gabrielle Tavares e Ana Beatriz Rodrigues | 06/09/2022 16:10

Clientes da farmácia clandestina descoberta na noite de ontem (5), no Coophatrabalho, eram atraídos com a promessa de medicamentos mais baratos, sem a necessidade de receita pela mulher de 51 anos, presa em flagrante. Ela trabalhava em uma farmácia regular no bairro, mas vendia os remédios clandestinamente junto com o marido, de 47 anos, que também foi preso.

As investigações aconteceram em parceria entre a Polícia Civil e Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). O delegado Bruno Santhacatarina, afirmou que as vendas aconteciam desde janeiro deste ano.

Na residência, foram apreendidos mais de 300 remédios sem notas fiscais, sendo a maioria de uso controlado.

Não houve resistência do casal aos questionamentos dos policiais. Quem mostrou o quarto onde eram realizadas as vendas foi o homem de 47 anos. No local, ele afirmou que as vendas serviam como uma renda extra para a aposentadoria que recebia, proveniente do trabalho de vendedor de planos de saúde, onde atuou por muitos anos.

Delegado da Denar, Bruno Santhacatarina. (Foto: Paulo Francis)
Delegado da Denar, Bruno Santhacatarina. (Foto: Paulo Francis)

O homem que entregou a participação da esposa no crime. Ela comprava receita de diversos médicos, como ginecologistas, psiquiatras e urulogistas, e as usava para adquirir os medicamentos em grandes quantidades, para revendê-los posteriormente. Tudo isso era feito com cartão do plano de saúde.

Agora, a polícia investiga a participação dos médicos envolvidos. Os profissionais podem responder por venda ilegal de remédio e associação criminosa. O casal vai responder por venda ilegal de remédios, com pena prevista de 10 a 15 anos de prisão, maior que a de tráfico de drogas.

O CRF (Conselho Regional de Farmácia), afirmou que está atuando em parceria com a Denar, para ver se outras farmácias participam do esquema criminoso.

Nos siga no Google Notícias