Ato pela democracia em Campo Grande começa tímido na Praça Rádio
Mobilização, que também pede punição a golpistas, ocorre em todo o Brasil
O ato a favor da democracia e contra a anistia a golpistas, organizado por movimentos sociais e partidos de esquerda em todo o Brasil, começou tímido em Campo Grande. Nesta manhã (23), cerca de 50 pessoas se reuniam na Praça do Rádio.
Agamenon Rodrigues, presidente do diretório regional do PT (Partido dos Trabalhadores) e um dos organizadores da manifestação, afirmou ontem (22) que eram esperadas pelo menos 200 pessoas.
Representantes dos movimentos apoiadores com presença confirmada, estão lá: os da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MPL-MS (Movimento Popular de Luta em Mato Grosso do Sul), além de aposentados e sindicatos como o dos professores.
"Estão aqui hoje trabalhadores rurais e urbanos porque não aceitamos anistia, estamos nos manifestando pela reforma agrária, pela revogação do Novo Ensino Médio e em prol da Palestina", declarou Agamenon. Nacionalmente, o movimento foca na punição aos envolvidos na tentativa de golpe contra a democracia ocorrida em 8 de janeiro de 2023.
"Nós não vamos deixar as ruas e nem parar de lutar pela democracia", disse depois Vilson Gregório, presidente da CUT em Mato Grosso do Sul.
"Cadeia neles" - Foi essa uma das frases usadas durante discursos ouvidos na manifestação.
"Estamos aqui mais uma vez, mostrando a nossa cara e a nossa indignação, dizendo: sem anistia! Cadeia neles, borracha neles, porque se fossem trabalhadores como nós, já estariam pagando", falou também Vilson.
A aposentada Ione Rojas, de 59 anos, foi representar sua categoria. Ela cantava: "Aposentado importa, aposentado vota e sua família também". Ari Ferreira, de 73 anos, é farmacêutico aposentado e protestou pelo descontos nos rendimentos. "A saúde vive de plantão, mas quando nos aposentamos recebemos menos da metade do salário. Queremos a redução da alíquota", reivindica.
Cicera Marques, de 50 anos, assentada há três meses, falou da reforma agrária. "Estamos pedindo por justiça para o povo brasileiro ter uma condição de vida na agricultura. Um pedaço de terra para que possamos plantar e colher. Estamos na rua para lutar pelos nossos objetivos e fazer as autoridades olharem para eles", protestou.
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