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Capital

Audiência tem Odilon e agentes processados por denúncia caluniosa

Na tarde desta sexta-feira (20) o juiz aposentado foi a 5ª Vara Federal para prestar depoimento durante a segunda audiência da ação

Geisy Garnes | 20/04/2018 19:37
Odilon de Oliveira prestou depoimento na tarde desta sexta-feira na 5ª Vara Federal (Foto: Geisy Garnes)
Odilon de Oliveira prestou depoimento na tarde desta sexta-feira na 5ª Vara Federal (Foto: Geisy Garnes)

O juiz aposentado Odilon de Oliveira voltou a Justiça Federal na tarde desta sexta-feira (20) para prestar depoimento durante a segunda audiência da ação de denúncia caluniosa movida pelo MPF (Ministério Público Federal) contra três ex-agentes do presídio federal de Campo Grande. Vítima do processo, o agora pré-candidato a governador foi ouvido pelo juiz Dalton Igor Kita Conrado, na 5ª Vara Federal da Capital.

Em 2008, cinco agentes penitenciários denunciaram que Odilon teria determinado que Luiz Fernando Costa, o Fernandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia - na época presos em Campo Grande - tivessem conversas com advogados e visitantes monitoradas, incluindo as celas íntimas. Afirmaram ainda que a transferência de Abadia para os Estados Unidos em 2009 custou milhões de dólares em propina.

À época,o juiz negou as denúncias, que resultaram em apurações na OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e CNMP (Conselho Nacional de Justiça), todas arquivada. Os agentes acabaram demitidos em 2011 e foram denunciados por calúnia pelo MPE.

Após seis anos, a ação entrou na fase de audiências. Dos cinco réus, dois tiveram o processo desmembrado. Os outros três - Francisco Florisval Freire, Valdemir Ribeiro Albuquerque e José Francisco de Matos - começaram a apresentar as testemunhas ao juiz federal da 5ª Vara no dia 13 deste mês, quando a juíza Raquel Domingues do Amaral foi ouvida.

A segunda audiência sobre o caso aconteceu nesta tarde. Além do juiz aposentado, três testemunhas foram indiciadas para prestar depoimento: o delegado de Polícia Federal Mario Paulo Machado Nomoto, o agente penitenciário federal José Luciano Taldivo e o advogado Luiz Gustavo Pataglin Maciel, ex-defensor de Fernandinho Beira-Mar.

A reportagem não pode acompanhar os depoimentos e Odilon usou as portas de acesso lateral e não conversou com a equipe do Campo Grande News. Através da assessoria de imprensa, o juiz aposentado afirmou o juiz responsável pela ação impôs segredo de justiça e por isso não pode comentar sobre o caso.

Já Francisco Freire, que é réu e responsável pela defesa dos agentes, defendeu a reportagem que a acusação é uma “fraude oficial”. “A acusação é absurda e está fadada ao fracasso”, defendeu o ex-agente penitenciário.

Próximas audiências - A terceira audiência sobre o caso vai acontecer no dia 7 de maio. Na data o desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Nery Júnior, será ouvido pelo juiz Dalton Igor Kita Conrado.

Outras duas audiências foram marcadas para junho desta ano. A última, que deve acontecer no dia 19 de junho, vai ouvir Luiz Fernando Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e José Reinaldo Giroti, o Alemão, ambos presos nos presídios de Mossoró (Rio Grande do Sul) e Presidente Venceslau (São Paulo), respetivamente. Os presos serão ouvidos por videoconferência.

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