Blitz mira militares, mas 85% das autuações foram de civis imprudentes
A ação conjunta entre a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e o Exército Brasileiro para regularizar a situação dos motociclistas militares em vias de circulação adjacentes aos quartéis continua em ritmo acelerado. Na manhã de hoje (23) foi realizada blitz, das 6h40 às 8h, na Rua General Nepomuceno Costa, no bairro Amambaí. O curioso é que os dados demonstram que mais de 85% das infrações não envolvem os militares.
O comandante da 14ª Cia PE, Major Flávio Mick, informou que o Exército Brasileiro tem investido no Programa de Prevenção de Acidentes com Motocicletas para diminuir o índice de acidentes envolvendo militares. Diante disso, no Comando Militar do Oeste, os militares só entram no local após passarem pela capacitação e apresentarem toda a documentação regularizada. Inicialmente, a parceria tinha o foco de fiscalizar as motocicletas em frente aos quartéis, porque a maioria pertencia aos militares.
Nas ações realizadas nos dias 11 e 17 deste mês foram abordados mais 290 condutores de motocicletas, sendo realizadas 125 autuações e 40 remoções. Após análise dos dados ficou constatado que a maior parte das infrações, superior a 85%, foram cometidas por civis, não tendo ocorrido nenhuma remoção de motocicleta pertencente a militar. Desta forma, o Exército acredita que a disciplina rígida tem influenciado para este pequeno número de infrações envolvendo a tropa.
Foram executadas mais de 210 abordagens nesta última blitz, sendo 53 condutores autuados e 17 motocicletas removidas. As infrações mais recorrentes foram 18 por estarem com o licenciamento do veículo vencido; 13 por dirigirem sem possuir a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Provisória para Dirigir (PPD); 9 por permitir posse ou condução do veículo à pessoa sem CNH ou PPD irregularidades e 9 por conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório.
A Agetran e o Exército vão continuar atuando em conjunto na fiscalização do entorno das áreas militares, pois a ação visa ir além da inspeção dos motociclistas militares e enfatiza o lado social, contribuindo com a redução dos índices de acidentes fatais e internações.