Pneus, armas e dinheiro estão entre itens apreendidos em operação da PF
Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos no âmbito da Finis Actiones em Mato Grosso do Sul
Operação Finis Actiones, deflagrada nesta terça-feira (11) pela Receita Federal e Polícia Federal, resultou na apreensão de 19 celulares, um notebook, um rádio, 10 veículos, cinco caixas de cigarros, 124 pneus, duas bolas de pneu, documentos, 28 munições de calibre .380, uma pistola .380 e R$ 3,6 mil em cédulas físicas, de acordo com o balanço divulgado no início da noite.
Conforme divulgado, a ação buscava desarticular organização criminosa especializada no contrabando de cigarros do Paraguai para distribuição em território brasileiro, especialmente em Mato Grosso.
A operação também sequestrou uma residência, usada como entreposto pela organização criminosa. Além disso, houve um flagrante de posse de arma de fogo, com a apreensão de um revólver de uso permitido. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, com foco na desarticulação de uma rede de contrabando de cigarros que atuava em Rondonópolis e Cuiabá.
O grupo possuía entrepostos em Dourados e no distrito de Anhanduí, em Campo Grande, e também usava observadores para vigiar o trabalho da polícia na BR-163, a fim de evitar a apreensão do produto contrabandeado, enviado em pequenas quantidades. Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Os responsáveis poderão responder por organização criminosa, contrabando e descaminho, além de lavagem de dinheiro. Participam das buscas, quatro auditores-fiscais e seis analistas tributários da Receita Federal e 40 policiais federais. As cargas entravam em Mato Grosso do Sul pela linha internacional entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, cortavam o estado pela BR-163 e eram distribuídas principalmente em Rondonópolis e Cuiabá.
De acordo com a Receita Federal, a organização utilizava entrepostos logísticos instalados em Ponta Porã, Dourados e Nova Alvorada do Sul, de onde, posteriormente, as cargas eram distribuídas aos compradores por meio rodoviário.
Negócio familiar - Conforme a investigação, o grupo é formado por pessoas com vínculos bastante próximos, numa espécie de “negócio familiar”. O líder tem como braço direito a própria esposa, a qual prestava apoio logístico e, esporadicamente, atuava como batedora de cargas.
O líder do grupo também teria usado a mãe para abertura de conta bancária, para movimentar dinheiro e ocultar bens adquiridos com os recursos ilícitos. Já o pai do chefe atua como gerente da loja (em nome de sua companheira), supostamente utilizada como entreposto pela organização e para dissimular a origem da fonte da renda familiar.
Motoristas e batedores faziam parte do escalão operacional do grupo, responsáveis por atravessar a fronteira com as cargas, levando-as até Dourados, onde eram recolhidas e mantidas em residências até serem carregadas em veículos e destinadas a outros pontos da cadeia logística.
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