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Cidades

Adolescente de MS confessa integrar quadrilha que promove desafios mortais

Foram cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, em Campo Grande

Por Dayene Paz | 15/04/2025 10:22
Adolescente de MS confessa integrar quadrilha que promove desafios mortais
Policiais do Dracco durante cumprimento de mandados na Capital de Mato Grosso do Sul. (Foto: Divulgação)

Um adolescente de 14 anos, morador de Campo Grande, é um dos alvos da Operação Adolescência Segura, deflagrada pela polícia contra quadrilha que promovia "brincadeiras" na internet e incentivava atos violentos entre crianças e adolescentes, que podem até causar a morte. Mandados judiciais foram cumpridos nesta terça-feira (15) em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

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A Operação Adolescência Segura, deflagrada pela polícia, desmantelou uma quadrilha que promovia desafios mortais na internet, envolvendo crianças e adolescentes. Um adolescente de 14 anos, de Campo Grande, confessou integrar o grupo. A operação cumpriu mandados em sete estados, incluindo Mato Grosso do Sul, onde o Dracco mirou o adolescente. A quadrilha incentivava atos violentos e automutilação, oferecendo recompensas internas. As investigações começaram após um morador de rua ser atacado com coquetéis molotov, transmitido ao vivo online. Os envolvidos responderão por crimes graves, como tentativa de homicídio e incitação ao suicídio.

Em MS, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) mirou um adolescente de 14 anos. Foram cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, em Campo Grande. O garoto foi localizado e confessou integrar a quadrilha. Não há ordem para apreensão do garoto.

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que deflagrou a operação, se trata de uma das maiores organizações criminosas do Brasil, altamente estruturada. As investigações começaram no dia 18 de fevereiro deste ano, quando um morador de rua, que estava dormindo, foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou dois coquetéis molotov em sua direção, enquanto um homem filmava todo o evento e transmitia em tempo real em uma plataforma online.

A investigação descobriu que não se tratava de uma fato isolado. "Os administradores do servidor utilizado no crime compunham verdadeira organização criminosa altamente especializada em diversos crimes cibernéticos tendo como principais alvos, crianças e adolescentes".

O grupo promovia desafios para engajar adolescentes em atos de automutilação coletiva, crueldade contra animais e incitação ao ódio. Como estímulo, eram oferecidas recompensas internas para aqueles que se destacassem nas atividades criminosas. "(...) atuação criminosa que se espalhava por diferentes plataformas digitais, utilizando mecanismos de manipulação psicológica e aliciamento de vítimas em idade escolar, em um cenário de extremo risco à integridade física e mental de crianças e adolescentes".

Nos sete estados foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, 2 de prisões temporárias e 7 medidas de internação provisória de adolescentes infratores. Os alvos da investigação serão responsabilizados por diversos crimes, como tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral.

Caso recente - Um “desafio do desodorante” na rede social é considerado, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, principal ponto de investigação de provocar a morte da menina Sarah Raíssa Pereira, de 8 anos, que teria inalado o gás. O caso aconteceu na quinta-feira passada.

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