Deputados do PL pedem exoneração de servidor que desejou morte de Bolsonaro
Servidor trabalha no Detran de Guia Lopes da Laguna e comentou "morra capitão" em uma publicação
Durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na manhã desta terça-feira (15), deputados estaduais do PL (Partido Liberal) pediram a exoneração de um servidor que teria desejado a morte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por meio de um comentário nas redes sociais. Ele escreveu "morra capitão".
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Deputados do PL na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul pediram a exoneração de um servidor do Detran que desejou a morte de Jair Bolsonaro em redes sociais. O deputado Coronel David solicitou a demissão, alegando que o comportamento é inaceitável para um servidor público. O servidor teria sido indicado por um parlamentar do PT, mas os deputados do partido negaram. O deputado Zeca do PT questionou a gravidade da situação, comparando com ofensas a Lula. A decisão depende do estatuto do servidor, segundo o deputado João Henrique Catan.
Na ocasião, o deputado Carlos Alberto David, o coronel David (PL), pediu a exoneração do servidor que, segundo os deputados, está lotado no Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Guia Lopes da Laguna, cidade a 234 quilômetros de Campo Grande. Ele ainda insinua que o servidor teria sido indicação.
“Esse servidor público, que segundo consta, foi indicado por um parlamentar federal do Partido dos Trabalhares. Quero pedir ao secretário de Governo que avaliasse a permanência ou não desse servidor, porque não é o tipo de comportamento que a gente espera de um servidor público que se utiliza de uma rede social para se referir a um suposto adversário político”, disse.
A reportagem conversou com os três parlamentares, José Orcírio Miranda, Zeca do PT, Pedro Kemp e Gleice Jane, e todos negaram que essa seja uma indicação do partido.
Enquanto o Coronel Davi falava, o deputado Zeca mostrou vídeo do Bolsonaro andando no hospital, questionando como alguém que passou por uma cirurgia complexa, poderia estar andando.
Na sequência, ele pediu a palavra e disse: “Vamos fazer o levantamento completo, quantos nesse estado pediram a morte do Lula ? O que eu mostrei, que é incrédulo, que o homem que abriu o abdômen há 12 horas já esteja caminhando no hospital. Tenho todo o direito de colocar em dúvida. Isso é um fenômeno", questionou.
Depois disso, o deputado João Henrique Catan (PL) pontuou que é necessário verificar o estatuto do servidor. "Aquele que tem um cargo público tem o dever de seguir o princípio da moralidade. Desejar que uma pessoa morra sendo agente de estado, viola nossa constituição, as leis e o princípio da moralidade", disse.
A reportagem apurou que se trata de um servidor público efetivo e por tanto sem possibilidade de exoneração. Em caso de servidores concursados, o poder público deve abrir processo administrativo disciplinar para punições.
Ao Campo Grande News, o Detran informou que a conduta do servidor está sendo analisada pelos departamentos responsáveis para eventuais providências cabíveis. "Ao servidor público, assim como qualquer cidadão, cabe agir de acordo com os princípios de civilidade, ético e legalista que regem sua função pública e também na sua vida privada. Desejar a morte de alguém ou manifestar-se de forma hostil em qualquer caso ou de qualquer forma, pode ser considerado inaceitável, ilegal ou antiético", disse em nota.
Além disso, também destacou que o comportamento pode levantar questões sobre a capacidade do indivíduo de desempenhar suas funções públicas de maneira imparcial e respeitosa.
"Em muitos contextos, esse tipo de declaração pode resultar em consequências legais ou disciplinares. É muito importante que servidores públicos mantenham um padrão de conduta sempre respeitando a legislação, a dignidade humana e promovendo o bem-estar da sociedade."
Matéria atualizada às 12h47 para acrécimo de informação.
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