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Capital

Candidatos denunciam vazamento de prova do concurso da Polícia Civil

Fase de certame está sendo aplicada neste fim de semana na Acadepol em Campo Grande

Gabriel Neris e Anahi Gurgel | 09/09/2018 12:44
Candidata mostra conteúdo de prova aplicada neste fim de semana (Foto: Marina Pacheco)
Candidata mostra conteúdo de prova aplicada neste fim de semana (Foto: Marina Pacheco)

Candidatos às vagas de escrivão e investigador da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul denunciam o vazamento do conteúdo da prova de digitação marcada para este fim de semana na Acadepol (Academia de Polícia) em Campo Grande. Vários concurseiros procuram a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro no fim da manhã deste domingo (9) para registrar boletim de ocorrência.

Um candidato, que prefere não se identificar fará a prova hoje, às 17h, e afirma que recebeu a prova aplicada no sábado em grupos de WhatsApp. “Alguém saiu com essa prova e tirou foto. Eu quero que mudem o texto, não posso perder a chance de entrar no concurso por falha de segurança deles”, reclama.

O mesmo candidato diz ainda que recebeu relatos de outros problemas técnicos envolvendo a prova e que o nível de dificuldade está acima do aplicado em outros Estados.

A funcionária pública Elaine Espíndola, de 38 anos, diz que fez a prova no sábado e quando acordou, ligou o celular e se deparou com a mesma prova no aplicativo de mensagens. Ela também reclama de outros problemas nesta fase do processo, como a exigência de 1 mil caracteres com toques por minuto com a permissão de apenas 20 erros. “Esse processo não tinha cronômetro”, diz.

Elaine afirma que tem experiência em concursos e a prova aplicada em Mato Grosso do Sul destoa de outros locais, o que levou candidatos a entrarem com um mandado de segurança contra o certame.

A advogada Helga Pereira, de 41 anos, fez a prova na manhã deste domingo e comentou que ficou indignada quando viu o conteúdo da prova no celular assim que deixou a Acadepol. Outros candidatos reclamaram que houve diferença de tratamento. Alguns candidatos conseguiram deixar o local com a prova em mãos enquanto outros não tiveram a mesma autorização.

Ela reclama ainda que os alguns teclados utilizados apresentavam falhas, prejudicando-os na prova.

A reportagem tentou entrar em contato com o titular da SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização), Édio Viegas, e a assessoria de comunicação da pasta, além de Alex de Almeida, gerente da Fapems (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul), responsável pela organização, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

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