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Capital reduz 9% dos casos de hanseníase e prevenção é arma contra a doença

Em mês de combate à hanseníase, Sesau reforça atenção e conscientização para reduzir casos em Campo Grande

Por Mylena Fraiha | 14/01/2025 14:29
Capital reduz 9% dos casos de hanseníase e prevenção é arma contra a doença
Homem tem manchas das costas avaliada por funcionária da Sesau (Foto: Divulgação).

Em 2024, Campo Grande registrou uma redução de 9% nos casos de hanseníase em relação ao ano anterior, ao passar de 100 novos diagnósticos em 2023 para 91. Apesar da diminuição, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) reforça a necessidade de atenção e conscientização, especialmente durante o "Janeiro Roxo", mês dedicado à prevenção e ao combate à doença.

A hanseníase, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é curável, mas ainda enfrenta desafios como o preconceito e a desinformação. A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, destaca a importância do diagnóstico precoce.

"Muitas pessoas ainda têm receio ou desconhecem que a hanseníase tem cura. Identificar os sintomas e procurar ajuda quanto antes é um ato de cuidado consigo mesmo e com os outros. O tratamento é gratuito e interrompe a transmissão rapidamente", explica Veruska .

A hanseníase é transmitida apenas por contato prolongado com pessoas que ainda não estão em tratamento. Por isso, familiares e conviventes diretos de pacientes devem realizar exames para garantir o controle da doença.

Em 2024, 69 contatos foram avaliados em Campo Grande. “Exames em contatos são fundamentais para evitar novos casos. Precisamos ampliar essa conscientização”, reforça Veruska.

Os principais sintomas incluem manchas na pele com perda de sensibilidade, caroços e fraqueza muscular. O tratamento, disponível gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é simples e eficaz, podendo durar de seis a 12 meses, a depender do caso.

Por isso, o mês de janeiro foi instituído como o ‘Janeiro Roxo’, com o objetivo de conscientizar a população sobre a hanseníase, seus sintomas, formas de prevenção e tratamentos disponíveis. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a segunda posição mundial em número de casos diagnosticados, ficando atrás apenas da Índia.

Onde tratar? - O tratamento da hanseníase está disponível em qualquer unidade de saúde de Campo Grande. Caso você perceba manchas na pele com perda de sensibilidade ou outros sintomas da doença, é essencial buscar atendimento médico o mais rápido possível para a realização de testes de sensibilidade e diagnóstico.

A confirmação da hanseníase é feita clinicamente, e o tratamento, que pode durar entre seis e 12 meses, é iniciado assim que a doença é diagnosticada.

Campo Grande possui 74 USFs (Unidades de Saúde da Família) distribuídas pela cidade. Essas unidades estão preparadas para realizar exames de sensibilidade, fornecer orientação médica e, se necessário, iniciar o tratamento.

Para casos mais graves, como lesões múltiplas (multibacilares) ou comprometimento de nervos periféricos, o atendimento especializado é realizado por meio da rede contratualizada, com o Hospital São Julião, que é a principal referência no tratamento da hanseníase em Mato Grosso do Sul. Essa unidade oferece suporte para casos complexos e reincidências, mediante regulação.

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