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Capital

Ceasa é reabastecido, mas produtos continuam até 3 vezes mais caros

A batata sofreu um aumento de 316%. O tomate, a batata doce e a cebola também tiveram inflação nos preços

Geisy Garnes | 28/05/2018 08:55
Com a greve batata passou a ser vendida por R$ 250, um aumento de 316% (Foto: Saul Schramm)
Com a greve batata passou a ser vendida por R$ 250, um aumento de 316% (Foto: Saul Schramm)

A Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) voltou a receber alimentos neste fim de semana em Campo Grande, mas ainda está longe de normalizar a situação nos estoques, reflexo da greve dos caminhoneiros em toda do país. Os preços dos produtos continuam altos e a central funciona apenas com 20% da capacidade.

De acordo com Nivaldo Cantero Gonzalez, da Divisão de Mercado da Ceasa, neste fim de semana dez das 60 entregas previstas para Campo Grande conseguiram chegar a cidade, fazendo com que os estoques de batata e laranja, antes zerados, fossem repostos.

“No sábado chegaram sete caminhões e no domingo três. Eles vieram de São Paulo, Minas Gerais e do Paraná”, contou Gonzalez. Apesar de não faltar mais produtos, a Ceasa trabalha com uma quantidade inferior a de costume, deixando os estoque “praticamente zerados”. “Estamos com 20% do funcionamento”, destacou.

Mesmo voltando às prateleiras, a batata inglesa continua com o preço muito acima do normal. Antes vendido por R$ 60, o saco de 50 quilos do tubérculo agora vale R$ 250, um aumento de 316%. A batata doce é a principal substituta da inglesa e com o aumento na procura, a saca que saía por R$ 25 já custa R$ 50.

A saca de 20 kg de cebola que custava R$ 55 na segunda-feira (21), 1º dia da paralisação nacional, hoje custa R$ 90 – variação de 63%. O tomate também está na lista dos produtos que sofreram com a inflação, de R$ 55 a saca passou a valer R$ 90. Segundo Nivaldo, apesar do estoque da pouca quantidade, outros produtos não sofreram alterações nos preços.

Paralisação – Os protestos iniciaram no domingo (20), em 25 estados, mas foi na segunda-feira (21) que os caminhoneiros passaram a bloquear as rodovias em Mato Grosso do Sul contra o aumento do valor do diesel e política de preços da Petrobras.

No quarto dia de bloqueios, a Petrobras decidiu manter a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias e representantes do governo e entidades de caminhoneiros anunciaram a suspensão da paralisação, por 15 dias.

Porém, os grupos espalhados por estados de todo Brasil permaneceram nas rodovias, com a justificativa de que o acordo divulgado pelo governo federal não representava quem estava parado nas estradas. Na segunda-feira (28), 8º dia de greve, 20 pontos estão bloqueados em rodovias federais.

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