Chaveiro ferido em acidente no dia 1º de janeiro pede ajuda para tratamento
Colisão na Rua Ceará resultou em danos físicos e neurológicos à vítima de 48 anos

Há três meses, o chaveiro Fernandes Janotto, 48 anos, e a família lidam com os danos físicos, neurológicos e financeiros de um acidente do qual ele foi vítima em Campo Grande, no primeiro dia do ano.
Fernandes lembra que pegou a moto para dar uma volta pela cidade no feriado de ano-novo depois de visitar o neto recém-nascido em uma maternidade. Ele seguia pela Rua Ceará quando foi surpreendido pelo motorista de um carro Toyota Etios, que, segundo ele, fazia conversão proibida vindo da Rua Pernambuco. A colisão com o veículo fez com que a motocicleta quebrasse ao meio e o motociclista fosse lançado ao ar, dando um giro, segundo relataram testemunhas.
O chaveiro sofreu TCE (Traumatismo Craniano Encefálico) grave, ficou em coma, teve uma fratura exposta no braço direito, quebrou o maxilar e uma outra parte da face, além de três dentes. Como complicação, ainda teve uma trombose na perna e ficou com um problema de visão, que está melhorando depois de uma cirurgia. Dificuldade na fala, lapsos de memória e não ter conseguido voltar a andar são sequelas que persistem.
Ao todo, ficou um mês internado na Santa Casa da Capital para tratar os problemas mais graves e mais alguns dias no Hospital Julião, onde passou por cirurgia oftalmológica. "Parou a vida, tudo mudou", resume a dona de casa Irene Meneses, que é esposa de Fernandes e hoje cuida dele.
O acidente foi causado por falta de atenção. Irene afirma que o motorista, de 27 anos, morava na Capital há apenas um mês e justificou não ter se atentado à sinalização das vias.
Contas - A renda mensal de R$ 6 mil a R$ 7 mil que Fernandes somava com os serviços de chaveiro em uma loja tradicional no Bairro Jardim Noroeste, fazem muita falta à família: a esposa Irene e o filho de 10 anos.
Eles aguardam receber o seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) e o auxílio garantido ao microempreendedor individual impedido de trabalhar, que é o caso de Fernandes.

As contas com medicamentos, locação de cadeira de rodas, cadeira de banho, transporte e despesas da casa estão sendo pagas com o dinheiro que a vítima conseguiu emprestar a juros do banco onde tem conta corrente.
O motorista do Toyota Etios tem ajudado a família com um salário mínimo mensal. "Gente boa, nesse ponto ele teve consideração", declara o chaveiro. A seguradora do carro de Lucas também vai assumir as parcelas que faltam para quitar o pagamento da motocicleta e cobrir o prejuízo. "Dei graças a Deus por ele ajudar. Se estivesse sem esse dinheiro, estaria passando fome", afirma Fernandes.
Vaquinha - Caroline Ramos, a cunhada de Fernandes, criou uma vaquinha virtual para que a família consiga passar as sessões de fisioterapia que ele precisa para recuperação física e neurológica. "É uma coisa que não pode parar, não pode pausar. Temos pressa dele começar". A meta de arrecadação é R$ 10 mil. Eles também pretendem fazer almoços beneficentes para ajudar a cobrir despesas.
O link para doar pode ser acessado aqui.