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Capital

Chaveiro ferido em acidente no dia 1º de janeiro pede ajuda para tratamento

Colisão na Rua Ceará resultou em danos físicos e neurológicos à vítima de 48 anos

Cassia Modena | 01/04/2023 10:47
Chaveiro ferido em acidente no dia 1º de janeiro pede ajuda para tratamento
Fernandes Janotto, 48 anos, precisa de ajuda para arcar com despesas de fisioterapia. (Foto: Juliano Almeida)

Há três meses, o chaveiro Fernandes Janotto, 48 anos, e a família lidam com os danos físicos, neurológicos e financeiros de um acidente do qual ele foi vítima em Campo Grande, no primeiro dia do ano.

Fernandes lembra que pegou a moto para dar uma volta pela cidade no feriado de ano-novo depois de visitar o neto recém-nascido em uma maternidade. Ele seguia pela Rua Ceará quando foi surpreendido pelo motorista de um carro Toyota Etios, que, segundo ele, fazia conversão proibida vindo da Rua Pernambuco. A colisão com o veículo fez com que a motocicleta quebrasse ao meio e o motociclista fosse lançado ao ar, dando um giro, segundo relataram testemunhas.

Chaveiro ferido em acidente no dia 1º de janeiro pede ajuda para tratamento
Fernandes antes do acidente (Foto: Acervo pessoal)

O chaveiro sofreu TCE (Traumatismo Craniano Encefálico) grave, ficou em coma, teve uma fratura exposta no braço direito, quebrou o maxilar e uma outra parte da face, além de três dentes. Como complicação, ainda teve uma trombose na perna e ficou com um problema de visão, que está melhorando depois de uma cirurgia. Dificuldade na fala, lapsos de memória e não ter conseguido voltar a andar são sequelas que persistem.

Ao todo, ficou um mês internado na Santa Casa da Capital para tratar os problemas mais graves e mais alguns dias no Hospital Julião, onde passou por cirurgia oftalmológica. "Parou a vida, tudo mudou", resume a dona de casa Irene Meneses, que é esposa de Fernandes e hoje cuida dele.

O acidente foi causado por falta de atenção. Irene afirma que o motorista, de 27 anos, morava na Capital há apenas um mês e justificou não ter se atentado à sinalização das vias.

Contas - A renda mensal de R$ 6 mil a R$ 7 mil que Fernandes somava com os serviços de chaveiro em uma loja tradicional no Bairro Jardim Noroeste, fazem muita falta à família: a esposa Irene e o filho de 10 anos.

Eles aguardam receber o seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) e o auxílio garantido ao microempreendedor individual impedido de trabalhar, que é o caso de Fernandes.

Chaveiro ferido em acidente no dia 1º de janeiro pede ajuda para tratamento
Irene guarda em uma pasta documentos relacionados ao acidente (Foto: Juliano Almeida/Campo Grande News)

As contas com medicamentos, locação de cadeira de rodas, cadeira de banho, transporte e despesas da casa estão sendo pagas com o dinheiro que a vítima conseguiu emprestar a juros do banco onde tem conta corrente.

O motorista do Toyota Etios tem ajudado a família com um salário mínimo mensal. "Gente boa, nesse ponto ele teve consideração", declara o chaveiro. A seguradora do carro de Lucas também vai assumir as parcelas que faltam para quitar o pagamento da motocicleta e cobrir o prejuízo. "Dei graças a Deus por ele ajudar. Se estivesse sem esse dinheiro, estaria passando fome", afirma Fernandes.

Chaveiro ferido em acidente no dia 1º de janeiro pede ajuda para tratamento
De costas, Irene, que cuida do marido durante a recuperação (Foto: Juliano Almeida)

Vaquinha -  Caroline Ramos, a cunhada de Fernandes, criou uma vaquinha virtual para que a família consiga passar as sessões de fisioterapia que ele precisa para recuperação física e neurológica. "É uma coisa que não pode parar, não pode pausar. Temos pressa dele começar". A meta de arrecadação é R$ 10 mil. Eles também pretendem fazer almoços beneficentes para ajudar a cobrir despesas.

O link para doar pode ser acessado aqui.

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