Chuva forte, queda de granizo e vendaval causam estragos na Capital
O temporal foi curto na tarde desta terça-feira (20), mas forte o suficiente para provocar muitos estragos em vários bairros da Capital. Houve queda de granizo, vendaval e chuva forte. O bairro mais atingido foi o Jardim Canadá, na região do Bairro Panamá.
Na Avenida Engenheiro Américo Carvalho Baís, no Jardim Canadá, árvores derrubadas, casas destelhadas, falta de energia e chuva de granizo assustaram os moradores.
Weruska Velasquez, 37 anos, fonoaudióloga, estava com filha de 10 anos quando um telhado de zinco do salão que fica na esquina da residência voou e caiu sobre o muro e a rede elétrica. Parte do muro foi destruído e a casa ficou sem energia elétrica. “Me disseram que só quando o cimento secar é que vai poder religar a energia elétrica”, afirmou Velasquez.
Ela conta que se assustou com o telhado que caiu logo no início da chuva, por volta das 15 horas. “Quando vi o clarão até achei que era raio, daí abri a janela e vi o telhado”, contou. A Defesa Civil esteve no local e fez um relatório do ocorrido depois de verificar se houve mais danos.
Na mesma rua uma árvore caiu e interditou a via sentido bairro-centro. A árvore era um pé de Ingá que não atingiu nada. O aposentado Ubaldo Pereira da Silva, 63, se assustou com a violência da tempestade. “Escutei o barulho e sai para ver, a velocidade do vento era forte que arrancou telhas da varanda”, disse.
Ainda na avenida, uma árvore ficou rachada atrapalhando o trânsito nos dois sentidos. Próximo dela, galhos de outras árvores caíram sobre a fiação elétrica. A dona de casa, Maria de Lourdes, 68, disse que o temporal durou dez minutos, mas provocou muitos estragos no bairro. Para evitar problemas elétricos, três viaturas da Energisa foram deslocadas para o local.
Uma oficina de motocicleta também foi destelhada. Segundo a filha do proprietário, Lauanda Maria, 17, o pai fechou as portas no início da tempestade, mas o vento entrou por baixo e destelhou o imóvel que não tem forro. Ele já tinha saído para comprar novas telhas.
Outra região – Na Rua Presidente Café Filho, na Vila Almeida, uma árvore caiu no meio da via e fechou os dois sentidos. Além disso, os fios da rede elétrica ficaram no chão. A árvore caiu em frente da residência da recreadora Aparecida de Fátima, 43, pela segunda vez. “Esta árvore já caiu quando deu um vendaval em cima de um carro. Meu marido já enviou uma notificação para prefeitura para podar, mas nada foi feito”, revelou.
Ela também teve a casa destelhada. “Levei um grande susto com o barulho e corri para o banheiro com minha filha de 19 anos e dois netos de 1 e 3 anos”, relatou. A recreadora perdeu o sofá que ficou totalmente molhado e só não teve mais prejuízos porque conseguiu arrastar a mesa de trabalho do marido e uma estante.
Na Rua Imbuia, no Bairro Coophatrabalho, uma árvore caiu em cima de veículo Gol, branco, estacionado. A proprietária do veículo Karina Marques, 35, ficou muito abalada com a situação. A árvore danificou a parte da frente do veículo e atingiu o muro de duas casas além da rede elétrica. “Fiquei esperando duas horas e não apareceu ninguém, nem bombeiros e nem Defesa Civil”, desabafou.
Granizo - O professor da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Roberto Figueiredo, contou que faz tempo que não registrava queda de granizo no Bairro Coophasul, onde mora. Como as pedras foram pequenas, Roberto acredita que não houve prejuízos na região.
Houve queda de granizo, mas sem estragos em outros bairros, como Nossa Senhora das Graças, Alto do São Francisco, Jardim Seminário, Santo Amaro, Santa Luzia, entre outros, todos situados nas saídas para Aquidauana, Rochedo e Rochedinho.
Registros – Em Campo Grande, os bairros Santo Antônio e Cabreúva foram os que registraram o maior índice de chuva, 22,5 milímetros e 22 milímetros, respectivamente.
O Córrego Imbirussu chegou ao limite na Avenida Capibaribe, no Jardim Imá, e ruas ficaram alagadas nos bairros Santo Antônio e Jardim Aeroporto.
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