Com cadastro aprovado, mãe de 4 crianças espera pelo Mais Social há 3 meses

Com quatro crianças em casa, Brunna Aryane Souza Nantes, de 27 anos, relata estar esperando pelo benefício Mais Social há três meses quando teve o cadastro aprovado. Ela diz não ter recebido nem o cartão para saque. "Fui informada que a produção dos cartões foi paralisada", afirma.

A jovem conta que desde o ano de 2022 vem tentando fazer o cadastro para receber o auxílio. No mês de junho deste ano, Brunna relata que recebeu em sua casa a visita dos servidores e foi avisada que o cadastro havia sido aprovado.

Passados dois meses, ligou para a secretaria em busca de informações e a atendente disse que desde novembro os cartões pararam de serem produzidos. “Eu me sinto enganada, porque isso é uma falta de respeito deles mesmo falar na própria televisão de que estão fazendo e a gente ficar esperando. Se não estão fazendo mais os cartões, porque ainda continuam indo nas casas para fazer o cadastro”, disse.

Brunna está sem trabalhar desde que a filha de três meses nasceu. Além da bebê, a jovem tem outros três filhos de 3, 4 e 6 anos de idade. Antes, realizava venda de salgados, sapatos, lingerie e semijoias, por isso pagava o MEI (Microempreendedor Individual). Atualmente, a única fonte de renda da família é o auxílio maternidade.

“Pra mim seria bom porque ele é pra fazer compras no mercado e já me ajudaria a ter um suspiro aqui em casa. Eu tenho quatro crianças em casa, tenho todos os critérios para passar e fui aprovada”, desabafou.

Ao Campo Grande News, a Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) informou que os processos internos, de visitas, produção e entregas de cartões, e segundas vias, seguem com fluxo normal. Ainda foi dito que é obedecido um planejamento macro dentro do Mais Social.

"Como cada processo de concessão do benefício é individual e também em respeito à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), pessoas com dúvidas em relação ao seu caso, inclusive sobre a entrega do cartão, especificamente, contam com o telefone 67 3368-9000, pessoalmente na Rua Barão de Ladário, 85 - Vila Sobrinho em Campo Grande, ou nas sedes do Mais Social no interior do estado, para eventuais esclarecimentos", encerra a nota.

Histórico - No dia 13 de abril deste ano, o governo estadual publicou decreto prorrogando por mais um ano o programa “Mais Social”, que foi criado em abril de 2021, em plena pandemia da covid-19, para ajudar famílias. A bolsa, de R$ 300, foi criada para auxiliar na compra de alimentos e gás de cozinha.

Quando foi criado, o programa teve anunciada a duração de 24 meses, com possibilidade de prorrogação. Pelo decreto publicado, o período regular do programa foi elevado para 36 meses, com possibilidade de extensão por igual período. Consta no texto que a manutenção do auxílio das famílias pode chegar ao período máximo de 72 meses se a atualização cadastral revelar a necessidade dos beneficiários.

Entre os requisitos incluídos para a análise da necessidade das pessoas estão a renda per capita na família, devendo ser de até meio salário mínimo, a impossibilidade de participar de outro programa social estadual com igual finalidade e residir no Estado há pelo menos dois anos. No começo deste ano, o governo anunciou a possibilidade de elevação do auxílio para R$ 450.

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