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Capital

Com caos na Três Barras, rotas alternativas viram pista de corrida

Moradores pedem quebra-molas e redutores de velocidade em ruas próximas à Avenida Três Barras

Natália Olliver e Antônio Bispo | 30/06/2023 16:03
Motociclista na Rua Fernão Dias, rua usada como rota alternativa para evitar trânsito na Três Barras (Foto: Paulo Francis)
Motociclista na Rua Fernão Dias, rua usada como rota alternativa para evitar trânsito na Três Barras (Foto: Paulo Francis)

Para tentar fugir do trânsito caótico na Avenida Três Barras, motoristas têm optado por rotas alternativas dentro do bairro Vilas Boas. Uma delas é a Rua Fernão Dias. A ideia, apesar de boa, não foi exclusiva de alguns condutores. O problema é que o fluxo na rua aumentou expressivamente no local após a “mudança”. Além da quantidade elevada de veículos, o cenário preocupa moradores pelo excesso de velocidade que os carros e motos passam.

Para Tarso Cunha, de 29 anos, e Samy Araujo, de  27 anos, a via parece uma pista de Fórmula 1. “Depois que abriram outra rua próximo das Avenida Três Barras, está demais. Eles passam em uma velocidade absurda, mesmo que tenha curva. Não faz 60 dias que morreram aqui. É comum acidentes”.

O casal mora na Rua Fernão Dias há dois anos. Nesse período, alegam ter visto diversos acidentes de trânsito. “Eu tenho medo por morar na esquina, principalmente porque a sala é bem no muro. Às vezes, invadem a calçada em acidentes. Até pensei em colocar coisas de concreto, porque realmente, pela velocidade que vem, eles não respeitam a sinalização”, disse Tarso.

Tarso Cunha e Samy Araujo falam sobre transtornos após motoristas escolherem rua como rota alternativa (Foto: Paulo Francis)
Tarso Cunha e Samy Araujo falam sobre transtornos após motoristas escolherem rua como rota alternativa (Foto: Paulo Francis)

Eles pedem que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) instale um quebra-molas ou redutor de velocidade na rua. “Quando mudamos pra cá, era muito tranquila. Agora, é muita moto fazendo 'cagada'.

Esses dias, até no grupo de vizinhos, reclamaram sobre a tranquilidade que já não existe. ‘O progresso chegou’, uma vizinha brincou. Descobriram rotas por dentro para evitar Três Barras, por isso o fluxo aumentou demais”, acrescenta Samy.

O pedido também é compartilhado por Vera Abadia Martins Terra, de 58 anos. Em um ano e sete meses, ela presenciou seis acidentes na rua, esquina com a Rua Santa Lina. “Dois deles foram graves. Aqui, o fluxo é muito grande, inclusive de caminhões, treme tudo a casa da gente”.

De acordo com a moradora, a prefeitura chegou a dizer aos residentes que a rua iria se tornar mão única, mas até agora não foi realizada a alteração. ”Principalmente em horário de pico, o pessoal não respeita a sinalização, os motociclistas bem mais”.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto.

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