Com feriado de Dia de Finados, cemitérios municipais recebem limpeza e reformas
As obras estão previstas para serem concluídas até esta sexta-feira, de acordo com a Sisep
Com o feriado de Dia de Finados se aproximando, os cemitérios municipais de Campo Grande passam por mutirões antes de receber os visitantes. Iluminação, pintura e reforma das capelas estão entre os trabalhos previstos para serem concluídos até esta sexta-feira (27), de acordo com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos).
No Cemitério Santo Antônio, localizado na Vila Santa Dorotheia, as obras incluem a reforma de parte da capela, melhoria na iluminação e a pintura dos muros. Eneas explicou que o Cemitério Santo Antônio não passava por manutenção predial desde 2012. “Essa é a primeira fase da manutenção que irá atender o que a administração e a capela; e irão encerrar até sexta-feira”.
A capela do cemitério também passou por uma reforma e retirada das janelas de vidro, que davam visão para a Avenida Consolação. “A pedido dos fiéis, as janelas de vidro foram substituídas por tijolos. Porque algumas janelas já estavam quebradas. Além disso, alguns vândalos costumavam a quebrar as janelas para entrar no cemitérios”, explica Eneas.
Durante vistoria da reportagem, poucos túmulos quebrados foram encontrados no Cemitério Santo Antônio. Ainda assim, o secretário apontou que o local lida de forma recorrente com a entrada de vândalos para furtar placas de túmulos.
“Por ser um cemitério utilizado por classes sociais mais abastadas, o pessoal acabava entrando para furtar placas de túmulos e outros objetos deixados por familiares. Algumas placas de identificação são encontradas pela metade, porque tentaram quebrar e levar. O do fundador de Campo Grande mesmo, eles entraram e levaram a placa da foto dele. Só restou a placa do nome”, comenta o secretário adjunto.
Eneas também revelou que a manutenção dos banheiros do Cemitério Santo Antônio será realizada em uma segunda fase, embora não haja previsão de quando ocorrerá.
“Já foram colocadas lâmpadas de LED em vários que estavam desligados. Estamos verificando a possibilidade de expandir a iluminação nos cemitérios, porque acreditamos que isso pode inibir os furtos e atos de vandalismo. Também discutimos instalação de câmeras”, explica Eneas.
Santo Amaro - Outro cemitério que está em reforma é o Santo Amaro, localizado na Avenida Presidente Vargas, na Vila Santo Amaro. Desde 2015, o cemitério não recebia manutenção.
Para receber os visitantes, um dos ajustes foi no muro do cemitério que foi danificado na última tempestade, ocorrida no dia 19 de outubro, ao lado da Rua Fernando de Noronha. A equipe da prefeitura instalou um tapume metálico na parte danificada pela chuva.
No Cemitério Santo Amaro, a reportagem também se deparou com vários túmulos violados e abertos. Um outro parecia estar em construção, com terra e destroços jogados no túmulo vizinho.
O secretário adjunto explica que quando as famílias realizam a exumação dos restos mortais de um parente, é responsabilidade da família retirar os restos da estrutura. “A prefeitura faz a exumação, mas a responsabilidade de retirar os restos da estrutura é responsabilidade da família do falecido”.
Ele também explicou que o cemitério também passa por problemas nos banheiros para pessoas com deficiência. “Por conta do tempo, teremos que levar banheiros químicos com acessibilidade durante o feriado de Finados”, disse Eneas.
Cruzeiro - Localizado no Avenida Coronel Antonino, o Cemitério Cruzeiro está em melhores condições comparado aos outros dois. A última manutenção no Cemitério Cruzeiro ocorreu em 2016. Esta última reforma deve ser concluída em 1º de novembro.
“Os trabalhos não devem ocorrer somente no Dia dos Finados, porque muita gente está indo lá para fazer as visitas e manutenção dos túmulos. Outros vão visitar os falecidos antes ou após o feriado”, explica Eneas.
Visitas antecipadas - A atendente de caixa Lays Ajalla, de 19 anos, reside em Florianópolis, mas aproveitou a tarde desta quarta-feira (25) para visitar o túmulo da irmã falecida. “Minha irmã faleceu quando tinha seis meses. Hoje ela teria 12 anos. Aproveitei para fazer a visita hoje, porque não estarei aqui no Dia dos Finados”.
Acompanhando a neta, a aposentada Possidonia Ajalla, de 69 anos, afirma que aproveitou o momento para visitar o túmulo de um amigo. “Sempre venho no Dia dos Finados. O túmulo da minha irmã ainda não tem a estrutura do mausoléu, mas ainda estamos vendo para construir e deixar identificado que ele está ali. Venho aqui porque os meus parentes estão no cemitério em Caracol, mas como fica longe, eu não consigo visitá-los”.
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