Com funcionários parados, diretores da Santa Casa vão à prefeitura pedir recurso
Diretores da Santa Casa deixaram o hospital na tarde desta terça-feira (10) dizendo que iriam à prefeitura cobrar uma providência definitiva para os repasses atrasados que culminam em paralisações de funcionários.
Neste momento, cerca de 300 deles protestam no saguão, enquanto o presidente da casa de saúde, Esacheu Nascimento, e o diretor de Planejamento e Controle, Almir Rockenbach, cobram novamente as parcelas em atraso deixadas pela gestão do ex-prefeito Alcides Bernal (PP).
Pela manhã, o presidente do Sintesaúde (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde), Osmar Gussi, esteve na Sesau pedindo uma atitude. "A secretária-adjunta disse que o recurso já está em caixa, mas existe uma burocr0tização por conta do contrato que venceu em dezembro", disse, lamentando a falta de resolução.
Questionado pela reportagem, se a paralisação afeta os atendimentos a pacientes, ele garante que o contingente básico de 30% do efetivo está mantido, conforme previsto pela legislação. Os "grevistas" são dos setores de raio-x, administrativos e enfermeiros, que totalizam mais de dois mil funcionários.
Um deles é Maria Aparecida Costa da Silva, que aos 70 anos de idade, não consegue pagar as contas de água e luz. "A situação em casa está bem difícil, e as contas estão prestes a cortar", conta a idosa, que atua no setor de higienização e que trabalha no hospital há 26 anos.
Na segunda-feira (9), o secretário de finanças, Pedrossian Neto, adiantou que haveria reunião com a diretoria do hospital para tentar regularizar a questão. “Assinamos aditivo referente ao contrato que venceu em 8 de dezembro e foram feitos repasses no fim do ano passado, mas existem valores em aberto que ainda estamos levantando", disse, cauteloso, sem mencionar cifras ou origem de recursos.