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Capital

Consórcio Guaicurus quer tarifa de R$ 8

Com data base do salário dos motoristas e da tarifa expirada, negociação emperra na reformulação do contrato

Gabriela Couto | 05/12/2022 12:41
Imagem de ônibus do transporte coletiva nas ruas do centro da Capital. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Imagem de ônibus do transporte coletiva nas ruas do centro da Capital. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Mais um ano a Prefeitura de Campo Grande deixou expirar o prazo das datas bases do contrato com o Consórcio Guaicurus, que é responsável pelo transporte coletivo na Capital. Na manhã desta segunda-feira (5), a empresa se reuniu com o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande) e um representante da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).

O encontro foi suspenso e agendado para amanhã, terça-feira (6), às 10h, em um local ainda a ser definido. A categoria quer reajuste de 16% no salário. O prazo para definir o percentual seria até 18 de novembro. Já a data base para definir o valor da tarifa, conforme o contrato, é dia 25 de outubro. O consórcio quer subir a tarifa para R$ 8.

Hoje o passageiro paga R$ 4,40 para utilizar o transporte público. A tarifa técnica até então era de R$ 5,15, mas após judicialização no Tribunal de Contas e assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), o município conseguiu segurar o valor com a ajuda do governo estadual. No entanto, a Agereg ficou responsável por uma reformulação do contrato.

“Tratamos da convenção coletiva hoje e não apresentamos uma contraproposta, já que estamos sem um acordo com a Prefeitura do novo contrato. Estamos pedindo ao sindicato para aguardar o desfecho final do documento do TAC. Sem o reequilíbrio do contrato não podemos assumir compromisso. É um momento delicado, mas estamos esperançosos e pedindo para a prefeita Adriane Lopes (Patri) dar uma agilidade no processo”, assegurou o presidente do consórcio, João Resende.

Ele está otimista com o diálogo entre todas as partes. Também existe a informação de que Adriane quer uma agenda com a equipe de transição do governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) para tratar do assunto. Ela deverá pedir ajuda novamente para garantir um valor mais baixo do sugerido pela equipe técnica e manter a gratuidade de idosos e estudantes.

Segundo o diretor-presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Junior, a proposta do novo contrato está pronta para ser apresentada para a prefeita apreciar. “O contrato em vigor comete uma injustiça aos olhos da Agereg em cima do usuário. O coração dessa mudança é passar para um sistema misto dividindo o quilometro rodado e o custo da passagem, além de criar índices de controle de qualidade, que não tem contrato antigo”.

Ele afirmou que chegaram a um valor de passagem justa ao usuário, mas não quis revelar qual seria a tarifa na visão da agência sem o consentimento da prefeita. A grande discussão ainda passa pela questão que é discutida nacionalmente, sobre a tarifa zero do transporte público apenas para pessoas cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único ) do governo federal.

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