Usuários reclamam de confusão "uns liberam catraca, outros não"
O Consórcio Guaicurus explica a nessecidade de registro de quem usa gratuitamente o transporte hoje
Eleitores que usam o transporte coletivo em Campo Grande estão confusos sobre a gratuidade do serviço neste domingo (30), dia de segundo turno das eleições 2022. De acordo com o Consórcio Guaicurus, os passageiros devem “passar o cartão” do transporte normalmente para registrar a utilização do serviço hoje, no entanto, o valor não será debitado dos cartões.
“O transporte é gratuito, mas tem que passar pela catraca. Quem eventualmente não tiver o cartão, pode entrar pela porta traseira e tem que viajar nesse compartimento do ônibus”, afirma a empresa.
Leitores do Campo Grande News relatam que vários ônibus estão recebendo os passageiros pelas portas traseiras, sem que eles precisem passar pela catraca.
Usuários que se dirigirem ao Terminal General Osório, vão perceber que a entrada no local só é possível passando pela catraca. “Falaram para mim que era de graça, mas tive que pagar”, conta a enfermeira Odete Pereira de Souza, de 59 anos.
Ela trabalha no Hospital Regional e estava voltando para casa quando conversou com o Campo Grande News. “Quando peguei o ônibus de lá para cá, o motorista falou que não tinha como liberar a catraca, então bati o cartão”, relata. Ela foi nesse veículo até a Rua Rui Barbosa, onde desceu para pegar outra condução.
Enquanto ela esperava o próximo ônibus, viu que os coletivos que estavam passando naquele ponto pegavam os passageiros pela porta traseira, sem necessidade de passar pela catraca. Algo parecido aconteceu com a estudante Idaicy Nascimento, de 22 anos. Ela usou o transporte público no início da tarde deste domingo e não precisou utilizar o cartão, acessando o veiculo pela dianteira, no entanto, a catraca estava libertada.
No caso de Odete, quando o ônibus que ela aguardava chegou no ponto, o Coophasul - Nova Bahia, da linha 53 - ela precisou que passar o cartão. “Até apareceu a mensagem ‘integração’ pra mim”, completa Odete.
O mesmo aconteceu com a passageira Maria Lúcia Ferreira Dantas, de 66 anos, que usa o passe de idoso. Ela precisa votar na região do bairro Estrela Dalva e, para isso, precisa pegar o ônibus 73. “Mas o motorista não liberou a porta do fundo, precisei usar meu passe de idoso”, detalha Maria.
Ela estava com o marido, Walfrido Silva Souza, 57 anos. Ele conta que chegou a questionar o motorista quanto à gratuidade, mas, segundo ele, “o motorista nem olhou na minha cara”. Walfrido também precisou usar o cartão de transporte dele que, diferente de Maria, não é o passe gratuito do idoso.