Conveniência coloca alimentos na fachada para quem quiser levar de graça
Ação foi criada para ajudar trabalhadores que estejam passando aperto durante a pandemia
A crise econômica causada pela pandemia da covid-19 tem impactado diretamente nas contas do brasileiro, principalmente, com a inflação e medidas restritivas. Pensando em minimizar os impactos em Campo Grande, os proprietários de uma conveniência localizada no cruzamento da Avenida Ceará com a Rua Euclides da Cunha, no bairro Santa Fé, criaram uma campanha de solidariedade.
A ação partiu de Dayanne Von Ruppert e Naim Ibrahim, que colocaram do lado de fora do estabelecimento uma prateleira com itens básicos para consumo, como sal, molho de tomate, arroz, feijão e alguns legumes. É só passar, escolher e levar de graça.
"Estamos vendo muita gente necessitando de ajuda. Temos dez funcionários que falam dos vizinhos, que estão com criança em casa e não tem condições de comprar comida. Por isso juntamos recurso de amigos e fizemos uma compra boa de mantimentos e colocamos no nosso drive thru para ficar a mão de quem precisa", conta Dayanne.
Quem precisar da doação não precisa entrar na loja e nem pedir permissão. A ação começou hoje e já contou com ajuda de muitas pessoas que se solidarizaram com a campanha.
"Conseguimos desconto no Ceasa e muitos clientes estão perguntando se podem ajudar. Já trouxeram leite, fraldas, papel higiênico. Às vezes queremos ajudar e não sabemos como."
O ponto vai funcionar enquanto o estabelecimento ficar aberto, das 9h às 20h. No local já tem sacola à disposição da pessoa para levar os itens que interessam. "É uma situação bem delicada, porque sabemos que são pessoas trabalhadoras que ficam com vergonha. Por isso deixamos do lado de fora para ficarem à vontade."
Dayanne explica que não sabe quanto tempo a campanha vai durar porque não tem recurso disponível para manter as doações. "Estamos em uma situação difícil também. O salário dos funcionários está atrasado e temos boleto vencido, mas temos comida na mesa e nossos funcionários também têm o básico. Temos que pensar nos que não têm."