Criança com autismo é encontrada em avenida após fugir de escola municipal
Ausência da criança só foi percebida quando padrasto foi buscá-la, às 17h; ela fugiu da escola às 15h30
RESUMO
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Uma menina de 10 anos, que tem transtorno do espectro autista (TEA), desapareceu após sair sozinha da Escola Municipal Professor Luiz Antônio de Sá Carvalho, na Vila Gomes, em Campo Grande. O caso aconteceu na tarde de terça-feira (19), e segundo a mãe da criança, Helen Thiemi Natão Andrade, a escola não comunicou o sumiço aos responsáveis.
De acordo com o boletim de ocorrência, a menina deveria aguardar os responsáveis no local habitual dentro da escola, mas saiu por volta das 15h30 sem que ninguém percebesse. Somente quando o padrasto chegou para buscá-la, às 17h, a ausência foi notada.
A criança caminhou sozinha até a Avenida Mato Grosso, a cerca de 300 metros da escola. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ela corre em direção à rua, sendo contida por um casal, que a levou até uma sorveteria e acionou a polícia.
A mãe da menina relatou que a filha foi encontrada por volta das 16h30, ou seja, permaneceu desaparecida por cerca de uma hora. Ela registrou boletim de ocorrência e afirmou que considera o caso negligência da escola, pois a criança necessita de acompanhamento constante.
O Campo Grande News teve acesso à ata da reunião realizada entre a Secretaria Municipal de Educação e a gestão da escola, na qual foram discutidas as circunstâncias do ocorrido e medidas para evitar novas situações semelhantes. Durante o encontro, foi informado que a unidade conta com profissionais para o controle da saída dos alunos, mas que os protocolos serão reavaliados.
Também foi debatida a necessidade de reforço no atendimento pedagógico especializado e a reorganização da rotina escolar da criança. A possibilidade de transferência para outra unidade foi mencionada, mas a decisão ficará a cargo da família.
"Não pretendemos deixar ela mais, estamos vendo uma bolsa em colégio particular", disse Helen.
A Polícia Civil investiga o caso. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, responsável pela gestão das escolas municipais, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
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