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Capital

Criança de 2 anos quebra o cotovelo em escola e pais levam caso à polícia

Menino foi parar na Santa Casa e precisou fazer cirurgia para colocação de pinos no braço

Lucia Morel e Ana Beatriz Rodrigues | 17/05/2023 17:03
Criança de 2 anos quebra o cotovelo em escola e pais levam caso à polícia
No colo da mãe, menino mostra o braço enfaixado enquanto espera na Depca. (Foto: Paulo Francis)

Menino de 2 anos de idade quebrou o cotovelo na última segunda-feira, na Escola Municipal de Educação Infantil Regina Vitorazzi Sebben, no Nova Lima, e os pais, que já estranhavam o fato de a criança ter se machucado seriamente outras duas vezes no local, decidiram registrar o caso na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) esta tarde.

Sem querer divulgar o nome completo, o pai do menino, de 41 anos, contou que ao chegar para pegar a criança na saída da escola, na segunda-feira, estranhou a demora para que lhe entregassem o menino. Ao acessar o local, a coordenadora veio ao seu encontro, o levou para sala e contou o que havia acontecido.

Segundo a escola, no horário de saída, o menino esbarrou em outro coleguinha, que é maior que ele e acabou caindo no chão e de mal jeito sobre o próprio cotovelo. O pai estranhou não terem ligado no momento do fato, mas segundo a direção, o acidente ocorreu na saída, quando o pai já estava esperando pelo filho.

Criança de 2 anos quebra o cotovelo em escola e pais levam caso à polícia
Uma das atas registradas com o caso do rosto arranhado da criança. (Foto: Paulo Francis)

Em frente ao local está a UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) José Tavares do Couto, onde a criança foi levada e de lá, para a Santa Casa, porque a situação era mais grave e precisava de exame de raio-x. No hospital, a família descobriu que havia uma fratura e o menino precisou passar por cirurgia para colocação de pinos no braço.

“Na Santa Casa, ele fez o raio-x e viram que o cotovelo esquerdo estava quebrado e fizeram a cirurgia para colocar dois pinos. Disseram que para o tipo de fratura que teve, ele teria que ter caído de um lugar mais alto e a criança que empurrou também devia ser bem maior que ele”, contou o pai.

Ele conta que das outras duas vezes que o filho se machucou na Emei, a direção já lhe entregou o filho com a ata pronta e ele só assinava. Foram casos de arranhões no rosto, sendo um em 26 de abril, durante uma atividade de dança em que esbarrou em colega, e outro no dia seguinte, após brincadeira no tanque de areia da escola. “Não sabemos o momento exato e como ocorreu”, diz a ata mostrada pelo pai.

Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou o mesmo que a escola disse ao pai. “Na última segunda-feira (16) no horário da saída (16h30), as crianças do grupo 2 a qual o aluno faz parte, saíam do banheiro quando um dos alunos puxou a camiseta do menino que caiu de mau jeito em cima do cotovelo”.

O mesmo comunicado informa que “o pai só não foi avisado porque ele já estava na frente da Emei esperando pela saída do filho” e que a “coordenadora ofereceu levar o aluno e o pai ao pronto-socorro, mas o homem recusou ajuda da escola. O caso foi registrado em ata e o documento assinado pelo pai do aluno”.

Para o pai, houve negligência da escola e, também, há falta de profissionais, porque “são muitas crianças para poucas professoras”.

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