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Capital

Curso vai ampliar número de guardas capacitados em violência doméstica

Guardas municipais da Patrulha Maria da Penha e dos comandos vão receber capacitação por meio de parceria com a Subsecretaria de M

Izabela Sanchez | 02/10/2019 10:27
Guardas municipais da Patrulha Maria da Penha (Foto: Divulgação)
Guardas municipais da Patrulha Maria da Penha (Foto: Divulgação)

A Patrulha Maria da Penha, projeto da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para atendimento específico de vítimas de violência doméstica, acompanhou mais de seis mil mulheres de Campo Grande entre os meses de janeiro e dezembro de 2018. Nesta quarta-feira (2), uma leva de 98 guardas municipais foi convocada pela Secretaria de Segurança do município para curso de capacitação.

Além da Patrulha, criada em 2015, vão participar da formação guardas que atuam como comandantes de viatura nas gerências operacionais e especializadas. O objetivo é melhorar o atendimento às vítimas de violência por meio de uma parceria com a Semu (Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres).

De acordo com o secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, o objetivo é ampliar o número de guardas com capacitação diferenciada para identificar casos de violência doméstica e dar o encaminhamento adequado. "A ideia é ampliar para 150 guardas, das sete regiões em que a corporação atua", explicou.

A formação ocorre em duas turmas separadas de 49 pessoas em épocas diferentes, durante 4 dias. A primeira participa nos dias 28, 29, 30 de outubro e 1 de novembro, das 13h às 17h, e a segunda nos dias 18, 19, 20, 21 e 22 de novembro, no mesmo horário. A capacitação ocorre no Auditório da CMB (Casa da Mulher Brasileira).

Violência doméstica em MS - Mato Grosso do Sul é um dos Estados que lideram índices de violência contra a mulher. A Prefeitura de Campo Grande, agora, vai criar um dossiê sobre as vítimas de violência atendidas na Capital. O objetivo deste estudo é avaliar o atendimento e criar ou aperfeiçoar as políticas públicas voltadas para elas. Os resultados serão publicados anualmente em Diário Oficial e no site do Executivo municipal.

Toda e qualquer forma de violência contra as mulheres será objeto do estudo que deverá seguir um padrão único de coleta e tabulação dos dados. Os dados analisados serão extraídos das bases de dados das secretarias municipais e a periodicidade da divulgação das informações não poderá ultrapassar um ano.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que o Estado “afrouxou” o enfrentamento à violência doméstica. O número de cidades que contavam com serviços desta natureza caíram de 53 em 2013, para 32 em 2018. Portanto, 40% das iniciativas foram encerradas em cinco anos.

O relatório aponta que mesmo após 12 anos da criação da Lei Maria da Penha, nenhum dos municípios sul-mato-grossenses contam com casas-abrigo de gestão municipal para mulheres em situação de violência.

No Estado, somente Campo Grande conta com casa-abrigo de gestão não municipal e com a Casa da Mulher Brasileira, que foi a primeira inaugurada no Brasil, em 2015. Antes, o município de Dourados, distante 235 quilômetros da Capital, também contava com o serviço mantido pela prefeitura, fechado há 4 anos.

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