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Capital

De olho no movimento da 14, traficantes migraram para o Centro

"Cara do cliente" é quem dita o preço do entorpecente, segundo o delegado Hoffman D'Ávilla

Por Ana Paula Chuva e Ana Beatriz Rodrigues | 12/02/2025 18:31
De olho no movimento da 14, traficantes migraram para o Centro
Buchinha, conhecida como maconha "gourmet" apreendida com traficantes (Foto: Paulo Francis)

O aumento do movimento na Rua 14 de Julho fez com que os traficantes migrassem a venda de drogas para a região central de Campo Grande. O esquema ficou ainda mais evidente após a prisão de uma associação criminosa nos últimos dois dias por equipes da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Entre os envolvidos está o casal de donos do bar Fumaça Fina.

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A Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) desarticulou uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas na região central de Campo Grande, especialmente na Rua 14 de Julho. Oito pessoas foram presas em dois dias de operação, incluindo os donos do bar Fumaça Fina. Segundo o delegado Hoffman D'Ávilla, o aumento do movimento na região tem atraído traficantes devido à facilidade de comercialização. A polícia apreendeu cerca de 9 quilos de drogas, incluindo haxixe, LSD, MDMA e maconha, além de dois carros e uma motocicleta. Entre os detidos estava um fornecedor que comprava drogas em Corumbá por R$ 4 mil e revendia em Campo Grande por R$ 10 mil, e um traficante que operava sistema de delivery com preços variáveis.

De acordo com o delegado Hoffman D’Ávilla, a movimentação intensa de pessoas nessa região com certeza faz com que o tráfico no Centro aumente e isso independe da classe social de quem frequenta o local.

“Como existe essa aglomeração de pessoas ali, há uma facilidade maior para o traficante vender essa droga. A pessoa de classe média talvez nem use a maconha, então, independe da classe social do usuário. Mas se tem um traficante ali e as pessoas sabem, eles vão frequentar ali por conta da droga”, explicou.

O delegado ainda explica que o tráfico na região não começou por conta da abertura dos bares, mas pode ter se intensificado. No entanto, ele esclarece que ainda não dá para afirmar que Mayara Marques Bispo e Rubens Giacomo Jorge Martins Dias comercializavam a maconha no estabelecimento comercial que eram donos.

O casal foi pego quando buscava a droga no apartamento de Marcelo Trindade de Arruda, 23 anos, na manhã de segunda-feira (10). Em depoimento, afirmaram que a maconha seria usada para o tratamento do filho autista. Já o fornecedor alegou que comprava o entorpecente de Corumbá por R$ 4 mil o quilo e depois revendia em Campo Grande a R$ 10 mil. Eles tiveram a prisão preventiva decretada.

De olho no movimento da 14, traficantes migraram para o Centro
Parte da droga e dinheiro apreendidos com presos nesta quarta-feira (Foto: Paulo Francis)

Nesta quarta-feira (12), mais seis pessoas foram presas por envolvimento com o tráfico de drogas na região. Entre eles estão Matheus Passos da Silva, 27 anos, e Vinicius Neander Verão de Andrade, 25 anos. O primeiro revendia o entorpecente através de delivery e o preço era feito de acordo com a “cara do cliente”.

Matheus foi encontrado na Rua Vinte e Quatro de Outubro e levado para a Denar, no celular dele a polícia encontrou diversos comprovantes de transações via Pix e conseguiu identificar os outros envolvidos no esquema. Também foram presas duas jovens e outro rapaz, que não tiveram os nomes divulgados.

Conforme o delegado, dois dos presos são apontados como os líderes da quadrilha e os outros dois atuavam no esquema de repasse e delivery da droga. Foram apreendidos ainda dois carros e uma motocicleta, além de cerca de 9 quilos de drogas, entre ontem e hoje, sendo raxixe, LSD, MDMA e a maconha “gourmet” – a buchinha.


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