Defesa quebra 2º acordo e delegado decide pedir prisão de assassino de tio
Segundo a defesa, Miguel está abalado com a situação

A defesa de Miguel Arcanjo Camilo Junior, 32 anos, que matou a tiros o tio Osvaldo Foglia Junior, 47 anos, na noite de terça-feira (16), no Jardim São Lourenço, em Campo Grande, descumpriu o segundo acordo feito com a polícia e não apresentou o cliente nesta sexta-feira (19).
Segundo o delegado Thiago Macedo, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelo caso, a defesa descumpriu o acordo de apresentação e, por isso, pedirá à Justiça a prisão preventiva de Miguel. ''Assim que o pedido for deferido, ele será considerado foragido'', explicou.
De acordo com delegado, o descumprimento de dois acordos de apresentação demonstra que o suspeito não pretende colaborar com as investigações, fazendo necessário o pedido de prisão.
''Ele poderia se apresentar, entregar a arma e pedir adiamento do interrogatório para uma data oportuna. Seria o suficiente para entendermos que ele iria colaborar e não haveria necessidade de pedido de prisão", ressaltou.
Ao Campo Grande News, Júlio César Marques, advogado do suspeito, explicou que Miguel não foi apresentado porque está abalado com o caso. ''Ele está instável emocionalmente diante do que aconteceu com o tio dele. Antes dessas cobranças e ameaças por parte de Osvaldo, eles eram melhores amigos. A família está até tentando interná-lo para evitar mal maior", disse.
Conforme o advogado, caso o delegado faça o pedido de prisão preventiva e ela seja decretada pela Justiça, ele entrará com contraordem, pedindo a revogação da decisão.
O caso - Osvaldo Foglia Junior, 47 anos, foi morto a tiros em uma conveniência na Rua Marquês de Lavradio. Segundo informações do boletim de ocorrência, ele foi até o local cobrar uma dívida do sobrinho.
A dupla acabou discutindo e Miguel disparou vários tiros contra Osvaldo. Ele morreu na hora. Miguel fugiu em um veículo Chevrolet Camaro, encontrado no dia seguinte no quintal de uma residência no bairro Cristo Redentor.