Depois de 4 dias em posto, manicure morre e pode ser 19ª vítima da gripe
A paciente deu entrada na quinta-feira (13) no posto do Aero Rancho com sintomas da gripe e passou ser medicada com Tamiflu
Após 4 dias internada em postos de saúde com suspeita de H1N1, a manicure Júlia Nantes Oliveira, 40 anos, morreu na noite de ontem (17), na UPA Santa Mônica, em Campo Grande. Ela pode ter sido a 19ª vítima da gripe no Estado.
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a paciente deu entrada na quinta-feira (13) no CRS (Centro Regional de Saúde) Aero Rancho com sintomas de gripe e passou a ser medicada com Tamiflu (indicado para tratar H1N1 em casos graves). Na manhã de ontem (17), Júlia foi transferida à UPA Santa Mônica, onde permaneceu em acompanhamento intensivo.
A URR (Unidade de Resposta Rápida) foi acionada e coletou material biológico às 10h para exame, com a finalidade de identificar se o quadro se tratava de síndrome gripal. No fim da tarde, a paciente apresentou parada cardiorrespiratória e foi realizada a reanimação durante 30 minutos.
Foi solicitada vaga zero, mas a transferência para a Santa Casa só saiu às 18h. Os médicos ainda tentaram estabilizar a paciente antes da transferência. Júlia morreu às 19h. Segundo a Secretaria de Saúde, todos os protocolos clínicos foram corretamente adotados, desde o início do tratamento.
Colegas de trabalho ficaram surpresos com a morte precoce e repentina da manicure. Júlia trabalhava há 5 anos no Centro de Beleza Morena Mulher. Ontem à noite, foi postada uma nota de pesar na página do salão de beleza.
“É com pesar que a família Morena Mulher comunica o falecimento da nossa estimada manicure Júlia Nantes, que nos deixou nesta segunda-feira (18), vítima da gripe H1N1. Durante 5 anos atuou com excelência em nosso Centro de Beleza, que hoje lamenta imensamente tamanha perda. Expressamos nossos sentimentos aos amigos e familiares e informamos que, em manifestação de luto, a nossa Unidade no Pátio Central não funcionará nesta terça-feira (18)”.
Casos - Além do caso de Júlia, também está em investigação a morte de Antônio Onofre, 59 anos, registrada no dia 14 deste mês. O homem que era morador do município de Bonito, distante 257 quilômetros de Campo Grande, ficou internado no Hospital Universitário durante uma semana e exames apontam que o paciente havia sido diagnosticado com H1N1.
Conforme o último boletim divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) no dia 12 de junho, 17 óbitos causados pelo vírus já foram confirmados em Mato Grosso do Sul.