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Capital

Depois de “limpa” em vitrine, ladrão volta para furtar até câmeras de segurança

Cansado do prejuízo, numa das ocasiões, empresário levantou de madrugada e nem se vestiu para abordar bandido na porta de loja

Anahi Zurutuza | 17/02/2021 14:50
Antes de ser furtada, câmera gravou arrombamento de vitrine de loja (Foto: Reprodução)
Antes de ser furtada, câmera gravou arrombamento de vitrine de loja (Foto: Reprodução)

Depois de “perder” 13 correntes de ouro, furtadas de vitrine, o empresário Gezo Barboza da Silva, de 66 anos, teve de recolher até a câmera de segurança que restava na fachada da Dugezzu, loja de artigos de Rock famosa, na Rua Rui Barbosa, no Centro de Campo Grande. Isso porque o ladrão, que escolheu o comércio como alvo, esteve no local pela quinta vez, na madrugada de ontem (16), e levou aparelho instalado para intimidar bandidos.

“E não é a primeira vez. É o mesmo cara. Ele veio no dia 15 e levou uma, ontem levou outra [câmera]. Aí a terceira eu arranquei para ele não levar. Este mesmo elemento roubou a minha loja cinco vezes”, afirma o lojista, indignado.


No dia 26 de janeiro, quando o comércio era furtado pela terceira vez, Gezo conseguiu impedir que o prejuízo fosse maior, porque apareceu na porta. O comerciante, que mora nos fundos da loja, conta que “no susto”, ao ouvir o barulho da vitrine sendo quebrada, correu para frente do comércio e abordou o ladrão.

Na madrugada, o empresário nem teve tempo de vestir roupa. “No sufoco, na hora do vamos ver, a gente sai pelado mesmo, de qualquer jeito. Porque se eu não acudo, ele tinha levado muito mais. Se eu não tivesse acudido, ele tinha levado era tudo”.

Gezo lembra da afronta do ladrão naquele dia. “Ele me chamou de ‘bundão’, me xingou ainda”.


O lojista já dorme na expectativa de ter seu comércio furtado novamente. “Com certeza, ele vai voltar hoje. Vai querer entrar na loja. E até agora a polícia não fez nada”.

O rapaz não é conhecido na região ou, aparentemente, um dos dependentes químicos que perambulam pelo Centro durante a noite. “Apareceu sempre bem vestido. De boné, camisa e tênis. Dessa última vez, veio com uma mochila e um saco preto, acho que cheio de coisa roubada”.

Para o comerciante, seria preciso intensificar as rondas na região central durante as noites. Já que o investimento em equipamentos de segurança é quase que inútil, só a presença da polícia, seria a solução para a falta de segurança no Centro.

Loja com artigos de Rock funciona há 40 anos na Rua Rui Barbosa (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)
Loja com artigos de Rock funciona há 40 anos na Rua Rui Barbosa (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)


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