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Capital

Desmontagem de avião que levava globais atrai 300 curiosos em fazenda

Flávia Lima | 26/05/2015 14:48
Aeronave precisou ser desmontada para o transporte até Campo Grande. (Foto:Fernando Antunes)
Aeronave precisou ser desmontada para o transporte até Campo Grande. (Foto:Fernando Antunes)

A desmontagem do avião que transportava a família dos apresentadores Angélica e Luciano Huck e que fez um pouso forçado na fazenda Palmeira, a 21 quilômetros de Campo Grande, atraiu, desde domingo (24), dia do acidente, pelo menos 300 pessoas na propriedade, segundo a produtora rural Lorena Beatriz Leonardo.

Segundo ela, os técnicos que participam da desmontagem da aeronave, modelo Embraer 820C, conhecido pelo nome de Carajá, prefixo PT-ENM, garantiram a ela que o trabalho será concluído até o final do dia. As partes do avião serão trazidas para o hangar da MS Táxi Aéreo, em dois caminhões.

Até o momento já foram retiradas as asas e pedaços do interior do avião. Lorena diz que no local há dois guinchos e um caminhão com plataforma auxiliando na operação. Para garantir o trabalho da perícia, os técnicos isolaram a área em uma distância de 100 metros da aeronave, mesmo assim, centenas de curiosos invadiram nos três últimos dias o local para registrar imagens. “Até meu noivo teve que ajudar a tirar o pessoal de lá”, disse.

Lorena diz que na tarde de domingo, pelo menos 50 veículos ficaram estacionados à beira da estrada, com os curiosos que saíram de Campo Grande e Rochedo, a 20 quilômetros da fazenda. “No dia do acidente teve umas 200 pessoas aqui na fazenda”, diz.

A produtora rural disse que para retirar os caminhões da fazenda será preciso quebrar parte da cerca. “Não me preocupo com prejuízo material. O importante é que a família foi salva”, ressalta. Ela disse que com a retirada da aeronave, o trabalho de perícia de campo será concluído. “Eles recolheram pedaços da asa e outras partes que se soltaram durante o pouso”, conta.

A equipe, formada por sete profissionais da FAB, Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado a Aeronáutica e da empresa de táxi aéreo, não saiu do local nem mesmo à noite, se revezando na vigia para evitar aproximação de estranhos. Nesta segunda-feira (25) o grupo ganhou reforço de uma equipe de técnicos do Cenipa de São Paulo.

Segundo informação da assessoria do Cenipa, o laudo conclusivo sobre as causas do acidente ainda não tem previsão de ficar pronto, já que a complexidade da ocorrência é que determina a conclusão dos trabalhos.

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