DNA confirma que corpo encontrado ao lado de mulher é marido desaparecido
O homem deixado ao lado de Priscila Gonçalves Alves é o marido dela, Pedro Vilha Alta Torres
Exame de DNA confirmou que o corpo encontrado carbonizado ao lado de Priscila Gonçalves Alves, de 38 anos, pertence ao marido dela, Pedro Vilha Alta Torres, de 45 anos. O casal foi morto, esquartejado e queimado, antes de ser deixado às margens da BR-262, no dia 16 de agosto, em Campo Grande.
A confirmação do IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) acontece 25 dias depois do achado dos corpos, mas desde que as vítimas foram encontradas, a polícia trabalha as investigações com Pedro como vítima do duplo homicídio.
Pedro e Priscila estavam juntos há 12 anos. Se casaram escondidos e tiveram duas filhas. Conforme apurado pela reportagem, o relacionamento foi marcado pelo vício em drogas e por prisões do homem.
Pedro somava vários “pequenos crimes”, como ameaças, furtos, roubos, porte ilegal de arma, além de um homicídio. Tinham também uma condenação de 7 anos e nove meses pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, consequência de processo de 1998.
Esse histórico de envolvimento dos dois com o tráfico de drogas, segundo o relato dos próprios parentes, os levaram a cometer pequenos furtos para manter o vício. Em janeiro deste ano, a mãe da Priscila chegou a procurar a polícia para denunciar que vinha sofrendo constantemente com os crimes dentro de casa.
Eles levavam eletrodomésticos da casa para comprar drogas e os crimes sempre acabam em discussão. Em uma das brigas delas, Pedro ameaçou comprar uma arma e matar os irmãos da sogra. Foi o medo que levou a mulher de 57 anos à polícia.
Conforme apurado pela reportagem, entre as linhas de investigação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), os furtos cometidos pelo casal estão entre possíveis motivações para o crime. O envolvimento com o tráfico na região também é apurado.
Além disso, a execução e a maneira com que os corpos foram deixados, desmembrados e carbonizados, são características dos assassinatos ordenados pelo Tribunal do Crime, realizado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).