Durante reconstituição, adolescente confessa que crime foi premeditado
O adolescente de 15 anos, apreendido nesse domingo (16) pelo assassinato do pecuarista Oscar Serrou Camy, de 78 anos, e da filha dele, Marta Serrou Camy, de 44 anos, confessou durante a reconstituição do crime que foi ele quem ateou fogo nos corpos das vítimas. A reprodução simulada foi realizada por volta das 9h dessa segunda-feira, no local do crime.
Segundo o delegado que acompanha as investigações, Amylcar Eduardo Romero, o adolescente confessou também que ele e os outros dois autores haviam planejado o crime um dia antes, ao contrário do que ele disse a Polícia no momento em que foi apreendido. O adolescente sustentava a versão de que foi até a fazenda para tomar tereré e que somente no caminho os comparsas revelaram que a intenção era assaltar pai e filha.
O pecuarista foi encontrado morto no dia 2 desse mês, junto com a filha. O crime aconteceu na fazenda Araras, que fica a 7 quilômetros da MS-215, em Pedro Gomes. Pai e filha foram assassinados e em seguida tiveram os corpos carbonizados. O pecuarista sofreu traumatismo craniano, provocado provavelmente pelas agressões. A suspeita é que a filha dele tenha sido estrangulada, antes de ser queimada.
Antes da reconstituição do crime, o adolescente disse à Polícia que acreditava que as vítimas ainda estavam vivas no momento em que foram queimadas. Porém, o delegado descarta essa hipótese. “O exame necroscópico realizado no dia da morte apontou que os dois já estavam mortos quando foram queimadas. Esse depoimento dele mostra que os três foram ainda mais cruéis porque mesmo achando que eles estariam vivos, atearam fogo”, explica o delegado.
Hoje pela manhã, o adolescente de 15 anos contou detalhes sobre o crime. Disse que ele, Carlos e Oscar conversaram um pouco com a vítima, mas logo anunciaram o assalto. Enquanto o pecuarista se trancou no quarto, a filha dele foi para os fundos da fazenda. Com ajuda de um dos rapazes, o adolescente arrombou a porta do quarto e passou a agredir a vítima com uma barra de ferro. A filha dele, Marta Serrou foi ameaçada porque o trio queria dinheiro. Ela foi estuprada pelos três, amordaçada e em seguida, sufocada.
O adolescente relatou ainda que e o corpo da mulher foi arrastado até o quarto onde o pai dela estava. Em seguida ele disse que pegou um colchão colocou em cima das vítimas e utilizou uma garrafa de dois litros de álcool que servia como uma conserva de raízes, que estava na varanda da casa para atear o fogo. “Ele confessou que foi ele mesmo quem pegou o isqueiro”, explica o delegado.
A Polícia ainda procura pelos outros dois rapazes identificados até agora como Robson e Carlos. O adolescente também relatou na manhã de hoje que estava no assentamento onde mora com a avó, quando os dois chegaram e o chamaram para participar do crime. “Os dois teriam trabalhado na casa do pecuarista um dia antes.Tiveram a ideia e chamaram o adolescente. A informação que temos agora é que os dois são andarilhos”, conclui Amy