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Capital

Em 15 dias, CTG arrecadou 1.800 toneladas de doações para os gaúchos

Ao todo, foram 45 viagens feitas até o estado gaucho e 27 cidades ajudadas pelos sul-mato-grossenses

Por Natália Olliver e Geniffer Valeriano | 20/05/2024 10:14
Caminhões sendo abastecidos com doções para as vítimas das enchentes no RS (Foto: Henrique Kawaminami)
Caminhões sendo abastecidos com doções para as vítimas das enchentes no RS (Foto: Henrique Kawaminami)

Em quinze dias de mobilização, o CTG (Centro de Tradições Gaúchas)Tropeiros da Querência já arrecadou 1.800 toneladas de doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O balanço das arrecadações foi anunciado na manhã desta segunda-feira (20), junto com o Setlog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Mato Grosso do Sul), empresa parceira do projeto. Ao todo, foram 45 viagens feitas ao estado gaúcho e 27 cidades ajudadas pelas sul-mato-grossenses.

O diretor do CTG, Mário Cavinatto, ressaltou que apesar do montante arrecadado, as ações não param e o Centro ainda precisa de voluntários. “Acho que vai chegar a 2 mil toneladas com a continuidade dos trabalhos. Sem os voluntários e colaboradores não teríamos conseguido. As ações não tem data para acabar, mas durante essa semana vamos divulgar um novo horário de funcionamento”.

Mário Cavinatto, diretor do CTG Tropeiros da Querência (Foto: Henrique Kawaminami)
Mário Cavinatto, diretor do CTG Tropeiros da Querência (Foto: Henrique Kawaminami)

Ele explica que os trabalhos iniciaram no dia 5 de maio e que o primeiro caminhão saiu no dia seguinte de Campo Grande com destino ao Rio Grande do Sul. O carregamento foi destinado à cidade de Cachoeirinha, a 51 quilômetros de Porto Alegre. A última carreta foi enviada neste sábado (18), para a cidade de Portão, a 53 quilômetros de distância da capital do Estado.

“Enviamos roupas, alimentos não perecíveis, cobertores, colchões e já até casinha pra cachorro. Além disso, também, rações, brinquedos, calçados e materiais de limpeza”.

O que ainda é preciso doar? Mário acrescenta que como o nível das águas está baixando é necessário enviar mais produtos de limpezas e panos. Os itens indispensáveis são alimentos de fácil preparo, como comidas enlatadas e medicamentos que podem ser transportados e garrafas de água. Além disso, também é preciso doar velas, fósforos e lanternas.

Voluntários separam doações destinadas ao Rio Grande do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)
Voluntários separam doações destinadas ao Rio Grande do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)

O presidente do Setlog, Claudio Cavol, pontuou que os caminhões não são apenas de grandes empresários, mas de agricultores e pequenas empresas do Estado. Segundo ele cada veículo tem capacidade para transportar 40 toneladas.

“Tivemos as viagens e em algumas tivemos dificuldades para chegar, por conta das estradas e algumas barreiras pelo caminho, mas conseguimos chegar em tempo recorde. Algumas duraram três dias, normalmente ela duraria quatro. Foi muito emocionante não só pra gente, mas para os motoristas, que nos relataram que em algumas cidades os caminhões eram esperados logo na entrada no trevo da cidade, sendo recebidos com aplausos”.

Claudio Cavol, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Mato Grosso do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)
Claudio Cavol, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Mato Grosso do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)

A defesa civil também esteve presente durante a divulgação do balanço de doações. Hugo Djan, coronel e coordenador-geral da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil disse que as equipes manterão as “armas” de pé, colhendo donativos e mantendo contato direto com o setor de crises no Rio Grande do Sul.

Doação não é descarte -  Márcio ressalta que doação não é descarte e que o local recebe muitas roupas que não são enviadas às vítimas por estarem rasgadas e até sujas. “Tem sido frequente. Esses materiais que chegam e ainda tem uso são enviados a entidades do município. Essas entidades como Cotolengo e Asilo São João Bosco, que arrumam a peça e lavam”, finaliza o diretor do CTG.

O Centro de Tradições Gauchas Tropeiros da Querência está localizado na Rua Miguel Sutil, 445, no bairro Vilas Boas.

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