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Capital

Em missa lotada, padre sobrevivente de tragédia com 4 mortes canta Titãs

No 7º dia da morte de amigas, padre Wagner, que se envolveu no mesmo acidente, diz: “é preciso saber viver”

Gustavo Bonotto e Mylena Fraiha | 16/03/2023 20:20
Amigos e familiares das vítimas reuniram-se durante a noite desta quinta-feira (16), em Catedral. (Foto: Juliano Almeida)
Amigos e familiares das vítimas reuniram-se durante a noite desta quinta-feira (16), em Catedral. (Foto: Juliano Almeida)

Foi celebrada na noite desta quinta-feira (16) a missa de sétimo dia da morte das quatro jovens que faleceram após acidente na BR-163, durante a última sexta-feira (10). Com muitos familiares e amigos, as portas do fundo na Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio precisaram ser abertas para acomodar as pessoas.

O padre que sobreviveu ao acidente, Wagner Divino, foi quem deu a primeira palavra durante o culto, ao som de "É Preciso Saber Viver", da banda Titãs. "A nossa vida é breve e não pertence a nós. É preciso saber viver, e é isso que Deus teve a oportunidade de dizer para todos nós nesta noite".

Com a mão enfaixada, o sacerdote afirmou que nunca imaginou celebrar a missa de Kaena Guilhen Fernandes, que frequentou a diocese um dia antes do acidente. "Li um pouco da história da filha de cada um de vocês, e sei que Kaena fez história na nossa igreja. Ela veio aqui e deu um abraço muito especial em todos nós. Rezamos muito com outros irmãos e se eu soubesse que era o seu último abraço, eu falaria para ela não ir embora naquela noite".

Sobre o acidente, Wagner afirmou que prefere não relembrar. "Quero dizer aos pais de cada uma das vítimas que estão aqui, hoje já no sétimo dia desse momento tão triste na vida dessas meninas. Assim como eu, precisamos encontrar a vontade de Deus para seguir em frente. Cada um de nós vai carregar um jeito dessa história, eu tenho certeza de que cada amigo ou amiga se recordará muito bem delas".

Kaena e sua mãe, Rita, frequentavam missas de padre Wagner. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Kaena e sua mãe, Rita, frequentavam missas de padre Wagner. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O caso - Padre Wagner Divino, de 45 anos, da Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio de Pádua, era quem estava conduzindo a caminhonete Toyota Hilux, que acabou colidindo com o Fiat Argo, ocupado por cinco mulheres.

Carolina Peixoto dos Santos, de 28 anos, era engenheira civil e servidora pública lotada na Segov (Secretaria de Estado de Governo); Letícia de Mello da Silva, de 28 anos, bancária; Lais Moriningo Paim, de 29 anos, trabalhava na área administrativa de uma empresa; e Kaena Guilhen Fernandes, 29 anos, recepcionista. A sobrevivente Analu Mendes Mali, de 29 anos, é servidora pública.

As amigas estavam indo para Rio Verde de Mato Grosso, município a 203 km de Campo Grande, quando a condutora tentou ultrapassagem em local indevido, colidindo de frente com a Hilux, que seguia no sentido contrário e era dirigida pelo padre Wagner.

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