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Capital

Em MS, meninos são os que mais se vacinam contra o HPV

Contrariando cenário nacional, 50 mil garotos receberam o imunizante que previne cânceres e ISTs em 2023

Por Natália Olliver | 20/02/2024 12:46
Criança sendo vacinada em unidade de saúde de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)  
Criança sendo vacinada em unidade de saúde de Campo Grande (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

Em Mato Grosso do Sul, 50.493 mil crianças, de 9 a 14 anos, receberam a vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) em 2023. Contrariando as estatísticas nacionais, os garotos são os que mais se vacinaram no Estado. A diferença entre os gêneros ficou em 9.392 mil.

Ao todo, 41.101 meninas receberam o imunizante, que além de prevenir doenças sexualmente transmissíveis, também diminui o risco de cânceres de ânus, vulva, vagina, pênis, orofaringe e colo de útero.

O índice é da RNDS (Rede Nacional de Dados em Saúde), encaminhado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). Conforme o documento, entre os meses de janeiro e dezembro, 91.594 mil crianças e adolescentes na faixa etária receberam a vacina.

O número de vacinados, apesar de positivo, ainda é baixo se comparado ao quantitativo de crianças, de 9 a 14 anos, em Mato Grosso do Sul, que corresponde a 240.471, de acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa representa 8,72% da população no Estado.

A médica ginecologista da Unimed Campo Grande, Klissia Pires Souza, acrescenta à reportagem que a busca pela vacina sempre foi maior entre as meninas, devido a elas, geralmente, serem mais afetadas pelas doenças causadas pelo vírus.

“A melhor oportunidade de proteção é a vacinação na pré-adolescência e adolescência, antes de acontecer a exposição ao vírus. E é justamente nessa fase que a vacina está liberada pelo SUS, entre 9 e 14 anos, com duas doses, via intramuscular, em intervalo de 6 meses".

Conforme a médica, fora dessa faixa etária, há a necessidade de três doses para que o esquema vacinal esteja completo. Ela destaca que a vacina quadrivalente ofertada pelo SUS(Sistema único de Saúde) protege contra 4 subtipos virais (HPV, 16, 18, 6 e 11). "Dois dos tipos contemplados na vacina são os mais oncogênicos e frequentes na população, os subtipos 16 e 18. Dessa forma, a vacina protege contra 70% dos cânceres de colo uterino".

Em Campo Grande a vacina está disponível nos 74 postos espalhados pela Capital. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ressalta que a vacinação não é obrigatória, mas faz parte do calendário vacinal.

HPV - O Papilomavírus Humano é uma das ISTs (Infecções sexualmente transmissíveis) de maior incidência no mundo. Conforme pesquisas, cerca de 600 milhões de pessoas infectadas por ele.

Klissia Pires acrescenta que 85% das pessoas que têm vida sexual ativa acaba tendo contato com o vírus em algum momento da vida.

"Geralmente, a infecção desaparece sem deixar sequelas. Porém, em uma parcela dos casos, a infecção progride e gera doenças como câncer de colo de útero, câncer de outros sítios da região anogenital e câncer de orofaringe, além das verrugas genitais, que são extremamente incômodas".

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