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Capital

Em silêncio, suspeito de matar diarista por vingança se apresenta e é preso

Juarez Gomes Ricaldes, de 37 anos, matou diarista suspeita de ter ajudado na morte de seu pai, a facadas

Bruna Pasche | 23/11/2018 10:26
Aline foi assassinada a poucos metros de casa. (Foto: Simão Nogueira)
Aline foi assassinada a poucos metros de casa. (Foto: Simão Nogueira)

Juarez Gomes Ricaldes, de 37 anos, se apresentou e foi preso, encaminhado para a penitenciária nesta semana, suspeito do assassinato da diarista Aline Lima Machado, 26 anos, a facadas na frente da filha de 9 anos no dia 13 deste mês. O crime teria sido motivado por vingança, já que Aline foi apontada como ‘facilitadora’ no assassinato de pai de Juarez, Gabriel Ricaldes, de 74 anos.

Conforme informações do delegado responsável pelo caso Dmitri Erik Palermo, Juarez se apresentou com o advogado na 7° delegacia de polícia na última quarta-feira (21) e como o mandado de prisão preventiva já estava expedido, ficou preso. “Ele foi para a Depac, onde foi encaminhado para Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e posteriormente para a penitenciária”, explicou.

Palermo informou ainda que ao se apresentar, Juarez preferiu falar somente em juízo, dizendo apenas que estava muito abalado emocionalmente. “Ele disse que estava de mudança do bairro e que foi até lá para buscar umas coisas, quando viu a mulher e não aguentou. Disse que estava transtornado”, disse o delegado.

A polícia não acredita que o suspeito estivesse planejando o crime e que agiu por impulso. “Ele estava com a mulher e os filhos dentro do carro, então acho que não estava planejando e que a faca estava entre as coisas da mudança”, concluiu Dmitri.

A princípio, Juarez que não tem nenhuma passagem pela polícia, responde por homicídio simples enquanto a investigação apura se há atenuantes ou agravantes.

A diarista foi assassinada a golpes de faca no pescoço a frente da filha de 9 anos. O crime aconteceu na manhã de uma terça-feira, na Rua Atenas, no Jardim Inápolis, em Campo Grande. A vítima e o ex-marido, Osnei de Carvalho Moreira, 45 anos, “conhecido como Leitinho”, eram investigados pela morte de Gabriel Ricaldes, pai de Juarez. Osnei, que também era suspeito de matar a tiros um PM, foi morto em confronto com policiais do Batalhão de Choque no mês passado.

Segundo a sogra de Aline, de 46 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, no dia do crime, a vítima saiu por volta das 7h para trabalhar como diarista, quando recebeu uma ligação da escola informando que a filha dela de 9 anos estava passando mal. Aline, então, desviou o caminho e foi buscar a menina. Na volta, já na rua de casa, foi atacada pelo suspeito.

Assustada, a criança correu e foi até a casa de uma vizinha pedir socorro. A vítima ainda tentou fugir, mas não conseguiu. Ela foi atingida por várias facadas, entre elas no abdômen e quase teve o pescoço decepado.

Durante o período em que Osnei ficou preso, Aline teve um caso com Gabriel Ricaldes. Após sair da cadeia, o ex-marido foi atrás do idoso para acertar as contas e Aline teria facilitado a entrada dele na residência da vítima. Gabriel foi morto espancado e teve cartões de banco e um revólver calibre 38 roubados. Aline tem passagens pela polícia por roubo e posse de droga.

Crimes - Gabriel foi encontrado morto com vários ferimentos e as mãos amarradas na casa onde vivia, na Rua Rosa Vermelha, no Jardim Inápolis, no dia 30 de setembro. Osnei era o principal suspeito.

Poucos dias depois, na manhã do dia 20 de outubro, Osnei foi morto em confronto com militares, no cruzamento das ruas Jacobina com Aruanã. Ele era procurado por ter matado, um dia antes, com tiro no peito o policial Gilberto Biano Mendes Valiente, 35 anos, em um frigorífico abandonado, no Bairro Indubrasil.

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