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Capital

Empresa é investigada por usar vírus para dar golpe em órgão federal

Renan Nucci | 03/10/2014 11:05
Vírus Zeus altera código de barra de boletos bancários. (Foto: Marcelo Calazans)
Vírus Zeus altera código de barra de boletos bancários. (Foto: Marcelo Calazans)

Uma empresa de Campo Grande é investigada há cerca de três meses pela Dedfaz (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários) por aplicar golpe eletrônico de R$ 730 mil contra uma autarquia federal do estado de São Paulo.

De acordo com a delegada Fernanda Félix, adjunta da Dedfaz, a autarquia foi vítima por meio do vírus “Zeus”, ao ter o boleto de pagamento de vale-refeição de servidores alterado. O valor total que deveria ser transferido para a empresa fornecedora do benefício, acabou caindo na conta de uma pessoa jurídica da Capital, que atua no ramo de madeireiras.

A delegada explica que os bens da empresa já foram bloqueados. “Os sócios foram identificados e estão sendo investigados pela fraude”, disse. Ela explica que o vírus se instala nos computadores e armazena as informações dos usuários, principalmente as que se referem às transações financeiras.

Na maioria dos casos, os boletos que as vítimas costumam pagar regulamente são rastreados e têm suas informações do código de  barras alteradas. Assim, o quando é feito o pagamento, o dinheiro que deveria ir para determinada conta bancária, acaba indo para outra de terceiros, gerando grande prejuízos aos principais envolvidos na negociação. Ela alega que este tipo de crime tem se tornado muito comum, mas alerta que com algumas medidas simples, ele pode ser evitado.

“Uma pessoa pode fazer suas movimentações financeiras tranquilamente pela internet ou celular, por exemplo, desde que tome alguns cuidados. Jamais abra emails suspeitos de bancos ou instituições financeiras que solicitam supostos pagamentos ou atualizações de informações, invista em conhecido e, principalmente, mantenha um sistema antivírus de qualidade instalado em seus computadores”, ressaltou.

No mês passado, uma empresária que mantém distruidora de materiais para construção em Dourados e Campo Grande foi vítima de golpe semelhante. A mulher teve os boletos de compra alterados, e os R$ 180 mil que deveriam cair na conta de uma fornecedora de cimentos, foi parar na conta de desconhecidos. Os bancos foram acionados, mas até o momento não houve ressarcimento total dos valores. Além do valor perdido, a empresário teve outros prejuízos pois ficou sem receber os materiais e teve que faze empréstimos para cobrir as dívidas.

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