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Capital

Enfermagem da Capital entra em greve nesta segunda

Categoria divulgou como funcionará atendimento durante o tempo de manifestação

Guilherme Correia | 26/02/2023 22:01
Usuários do SUS em frente à Unidade Básica de Saúde no Coronel Antonino. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Usuários do SUS em frente à Unidade Básica de Saúde no Coronel Antonino. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Greve dos profissionais de enfermagem da Capital tem início formal às 8h de segunda-feira (26) e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou orientações sobre como os pacientes da Atenção Primária devem ser atendidos na rede pública de Campo Grande.

Depois de 72 horas que a greve foi deflagrada pelo Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande), os profissionais estão liberados, por lei, a iniciarem a manifestação.

Um profissional de enfermagem escalado deverá ir à recepção a cada 30 minutos para informar aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) sobre a situação.

Nas unidades de Atenção Básica - que incluem UBSs (Unidades Básicas de Saúde), UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família), Clínicas da Família, dentre outros, enfermeiros devem paralisar atividades eletivas.

Entre esses procedimentos estão vacinação, aferição de sinais vitais para consultas eletivas, consultas de enfermagem, realização de curativos, trocas de sondas e outros procedimentos, coletas de preventivos, visitas domiciliares, trocas de receitas, coleta de materiais para exames, supervisão de agentes comunitários, notificações de doenças, dentre outros.

Em situação de risco à vida ou agravo importante à saúde, a equipe de saúde de enfermagem deverá prestar os devidos atendimentos necessários.

Ao menos um enfermeiro deverá observar os usuários do SUS com sinais de alerta relacionados a nível de consciência, padrão respiratório, dor e sofrimento intenso, dentre outros.

Greve - Enfermeiros de Campo Grande decidiram entrar em greve após decisão unânime em assembleia, que ocorreu na noite de quinta-feira (23), na sede do Sinte. A decisão de paralisar as atividades é considerada uma resposta para as tentativas de negociação entre a prefeitura e classe.

O presidente do Sinte, Ângelo Macedo, afirmou ao Campo Grande News que a categoria busca por reivindicações já prometidas e com prazo legal vencido. Na semana anterior, o sindicato buscou negociar com a Seges (Secretaria Municipal de Gestão), que se posicionou após o prazo se esgotar.

A administração teria 30 dias contados, a partir de 1ª de fevereiro, para realizar o pagamento de insalubridade à categoria segundo a decisão do juiz da Primeira Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Comarca de Campo Grande do Poder Judiciário do Estado, José Henrique Neiva, mas o município recorreu da decisão na última quinta-feira (16).

Na sexta-feira, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), comentou o anúncio dos servidores da enfermagem que farão greve a partir da segunda-feira (27). “Já houve a primeira conversa, recepcionamos uma comissão que sentou, no início de janeiro, com as nossas equipes da Sesau e é um direito dos nossos servidores e a gente vai trabalhar buscando consenso”, disse.

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