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Capital

Envolvidos em “tribunal do crime” ficarão presos, decide juiz

A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada nesta tarde (22) no fórum da Capital

Guilherme Henri | 22/06/2018 16:18
Os quatro presos durante "julgamento" na Depac Piratininga (Foto: Assessoria de Comunicação/ Bope)
Os quatro presos durante "julgamento" na Depac Piratininga (Foto: Assessoria de Comunicação/ Bope)

Os quatro suspeitos de integrarem facção criminosa, flagrados durante julgamento do “tribunal do crime” permanecerão presos. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada nesta tarde (22) no fórum da Capital. A audiência foi presidida pelo juiz plantonista Paulo Henrique Pereira.

O caso aconteceu na noite de ontem (21), em casa na rua Alameda do Café, no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande. Lá foram presos: João Batista dos Santos, 46 anos, Luiz Alberto Ribeiro Pereira, Lucas Romário dos Santos e Higor Ferdinando de Almeida. Eles devem ser levados para o Presídio de Trânsito da Capital.

Jovem de 19 anos encontrado com pés amarrados em casa onde "julgamento" acontecia (Foto: Assessoria de Comunicação/ Bope)
Jovem de 19 anos encontrado com pés amarrados em casa onde "julgamento" acontecia (Foto: Assessoria de Comunicação/ Bope)

Os suspeitos foram encontrados depois que o Bope recebeu denúncia anônima. Segundo o major Wilmar Fernandes, ao invadir a residência foi verificado que se tratava de um julgamento, pois a vítima de19 anos estava com os pés amarrados e era ameaçada com revólver por um dos integrantes.

Eles vão responder por associação criminosa, cárcere privado e porte ilegal de arma de fogo, explica o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, Rodrigo Camapum.

O grupo negou o crime e alegou que iria apenas usar droga na residência. Perguntando, o rapaz disse que não estava sendo ameaçado de morte, porém confessou que os suspeitos queriam bater nele e não quis explicar o motivo. “Todos estão mentindo, inclusive a vítima que foi coagida e está com medo de delatar os suspeitos. A maioria deles tem passagem por tráfico de drogas”, segundo o delegado.

Investigação preliminar aponta que o grupo faz parte de uma facção criminosa.

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