“Era ônibus maior que essa casa e Ysaac embaixo dele”, diz vizinha sobre morte
De bicicleta, menino foi atingido por ônibus intermunicipal, no Danúbio Azul
“Mamãe, o Ysaac atropelou”. O aviso assustado do filho fez a dona de casa Acácia da Conceição Silva, 34 anos, correr por três quadras até chegar onde o amiguinho dele havia se acidentado. Inicialmente, achou que ele havia caído de bicicleta e se machucado, mas o que viu a fez recuar. “Era um ônibus maior que essa casa aqui e o Ysaac embaixo dele”.
O acidente aconteceu na noite de ontem, na rua West Point, no Danúbio Azul. Hoje, vizinhos estavam reunidos na rua onde a família do garoto mora, à espera de notícias do velório.
No grupo, estava Acácia que, a poucos metros da casa de Ysaac, contou à reportagem que, pouco antes do acidente, o menino havia passado na casa dela, para chamar o amigo, também de 10 anos. Acácia acredita que eles estavam indo na casa de outro colega, que mora perto do local do acidente.
Nas imagens, é possível ver que o garoto, de bicicleta, que atravessa a preferencial e acaba sendo atingido por ônibus intermunicipal. Logo atrás, é possível ver outro menino que consegue fazer a curva e passa ao lado do veículo.
Depois disso, o filho de Acácia volta para casa e dá o alerta à mãe. Ao ver a cena do acidente, a dona de casa voltou para pedir ajuda, encontrando outro vizinho. “Ele viu meu apavoramento, pegou o filho dele, montou no carro e foi lá, mas também não tinha nada que a gente pudesse fazer”. Quem estava no ônibus também acionou socorro.
O garoto foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Nova Bahia, com traumatismo craniano, em estado grave. Morreu no atendimento.
Acácia conta que Ysaac morava com a mãe e a avó na casa. O pai, segundo ela, estaria em tratamento médico, longe. O garoto era conhecido da vizinhança, assim como outros garotos que sempre brincavam juntos. Ele estudava na escola municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad.
“Um menino bonzinho e educado, é momento difícil, porque filho é filho, por mais que não seja filho da gente, dói muito, estou de coração partido, cada um era um pouco pai, mãe e avó e, os nossos filhos, irmãos”.
Esta manhã, a família ainda estava no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para os trâmites da liberação do corpo.
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