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Capital

Escola aciona psicólogos para acolher colegas de menino que caiu de prédio

Marta Ferreira | 05/11/2011 13:23
Menino caiu do 13º andar de prédio, nesta sexta-feira. (Foto: João Garrigó)
Menino caiu do 13º andar de prédio, nesta sexta-feira. (Foto: João Garrigó)

O Colégio Dom Bosco, onde estudava o menino que morreu ontem, após cair do 13º andar do prédio onde morava, em Campo Grande, acionou sua equipe de psicólogos para atender os colegas de sala de aula do menino, que fazia o sexto ano, e também das turmas onde estudam a irmã dele, de 13 anos, e o irmão, de 7 anos.

A assessoria de imprensa da escola informou que desde ontem, psicólogos que atendem os alunos já estão voltados ao atendimento dos irmãos do menino e dos colegas dele, crianças que ficaram bastante abaladas com a morte.

O corpo de Gabriel Francisco seria sepultado às 12h30, no cemitério Jardim da Paz, na saída para Sidrolândia.

A Polícia Civil abriu inquérito sobre o caso e a principal suspeita, que provocou comoção ainda maior, é de que o menino tenha se jogado. Há relatos, feitos pela irmã, de que ele já havia falado antes em fazer isso.

Momentos antes de cair, o menino estava fazendo tarefa de escola, e, conforme informações já divulgadas sobre a investigação, ficou nervoso por não conseguir executar um desenho.

A janela de onde ele caiu teve a tela de proteção cortada. Uma faca de cortar pão foi encontrada próximo. Os investigadores acreditam que, para alcançar a janela, ele tenha subido no tanque, que fica próximo.

Diante de tudo isso, a acolhida as crianças exige acompanhamento. Ouvida ontem pelo Campo Grande News, a psicóloga Abigail do Lago, alertou que é preciso muita cautela, pois ainda não há confirmação do que ocorreu de fato.

Além disso, afirmou, “as explicações devem ser dadas pelos pais e professores com base nos dados de realidade”.

Abigail afirmou que o suicídio infantil é um tema quase indiscutido e intocado, pois coloca em cheque o mito da inocência infantil. “Por isso, na maioria dos casos se atribui o ato suicida a um possível acidente doméstico”.

Ela lembrou, ainda, aos pais que enfrentem perguntas dos filhos, que é importante esclarecer todas as dúvidas das crianças utilizando linguagem adequada à idade delas.

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