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Capital

Garoto de 10 anos que caiu do 13º andar tinha falado antes em se jogar

Marta Ferreira e Nadyenka Castro | 04/11/2011 19:06

Polícia fez nesta tarde simulação com boneco da queda de menino que morreu de manhã

Posição que, para os peritos, é a mais provável para a queda do menino do 13º andar. (Foto: João Garrigó)
Posição que, para os peritos, é a mais provável para a queda do menino do 13º andar. (Foto: João Garrigó)

O menino de 10 anos que morreu nesta sexta-feira, após cair do 13º andar de um edifício residencial, na Via Parque, em Campo Grande, havia falado, por pelo menos duas vezes, que se jogaria do prédio. É o que relatou à Polícia a irmã dele, de 13 anos, única que estava em casa quando tudo aconteceu. Ela estava no banho quando o irmão caiu.

A informação foi revelada esta tarde, durante simulação da queda, feita por peritos da Polícia Civil como parte das investigações. Não foi revelada em que circunstância houve essa conversa.

Um boneco foi levado para as simulações. Foram feitas quatro, cada uma com o boneco em diferentes posições. Todas elas já consideram como hipótese mais provável o garoto ter se jogado.

Na primeira, o bonecou caiu de frente para a rua, e nas três seguintes, estava voltado para o apartamento. A última simulação foi considerada pelos peritos a que mais condiz com o jeito como o corpo foi encontrado.

Nessa, o boneco foi colocado como se escalasse a janela de dentro para fora, se apoiasse no parapeito, com o braço esquerdo segurando na janela e a partir daí, se soltasse.

Para os investigadores, o tanque foi usado pelo garoto para alcançar a janela.

A tela de proteção foi cortada, provavelmente com uma faca de cortar pão, encontrada próximo da janela. A gaveta onde o utensílio ficava guardado estava entreaberta.

O perito Almicar da Serra, que esteve no local, disse que o mais importante para a apuração é entender a posição do corpo. A velocidade em que caiu, segundo ele, não influi tanto. Nas quedas simuladas, o tempo foi menor que 10 segundos.

Depoimentos só na semana que vem-O delegado Márcio Custódio, responsável pelo caso, afirmou que a família deve ser ouvida só a partir da segunda-feira. Hoje, segundo ele, os pais estão em período de luto e sem condições de falar.

Não houve nem como saber, conforme o delegado, se o garoto tinha algum histórico de depressão ou se passava por algum tratamento.

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