Espera por atendimento pediátrico acaba em briga na UPA Coronel Antonino
A Guarda Civil Metropolitana precisou ser acionada para resolver o conflito e acalmar os ânimos
A falta de pediatras na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Coronel Antonino foi motivo de briga entre pacientes e funcionários da unidade de saúde no início da tarde desta terça-feira (28). Para conter a confusão, a Guarda Civil Metropolitana precisou ser acionada. O desentendimento foi gravado por uma das mães que aguardava por atendimento e enviado ao Campo Grande News pelo canal de denúncias Direto das Ruas. ”Olha o caos aqui, desumano e cruel”, disse.
No vídeo, uma das mulheres aponta o dedo na face da funcionária, que alega comportamento grosseiro por parte dos pacientes. Em seguida, os ânimos se exaltam e os enfermeiros precisam retirar a responsável pela unidade do local. “Os funcionários pegaram ela na marra e ela só não partiu pra cima da mãe porque a afastaram”, contou Daniele Souza Fernandes, de 40 anos, quem gravou as cenas.
Ela relatou à reportagem que os pacientes se irritaram após uma espera de mais de 5 horas para atendimento e pausa para almoço dos médicos pediatras. A mulher explicou que ela e outros pais foram até o setor de assistência social da UPA para reclamar da demora, quando a responsável pela unidade teria convidado os pacientes para que realizassem um “tour” pelo local para conferir que os pediatras estavam trabalhando.
“A diretora falou que uma das mães estava sendo grossa com ela. Então virou um tumulto. A gente só estava querendo ser atendido. Esperei mais de 5 horas pra que um médico visse a minha filha, de 9 anos. Ficou umas 2h sem chamar nada, parou, bem no horário de almoço, depois ela veio com as fichas para mostrar que havia atendimento".
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) admitiu que houve um princípio de tumulto no início da tarde desta terça-feira, mas que o problema já foi solucionado. A pasta ressaltou que a unidade está atendendo com seis médicos para adultos e sete para atendimento infantil.
“A unidade está com uma alta demanda de pacientes o que, por sua vez, ocasiona esse tempo maior para atendimento. Lembrando que o atendimento nas UPAs e CRSs se dá por classificação de risco e não por ordem de chegada. Desta forma, pacientes mais graves são priorizados em detrimento dos demais. A espera para casos classificados como azul e verde é de até 4h”.
Conforme a secretaria, já houve a solicitação para o envio de uma equipe de apoio agora para reforçar o atendimento na unidade. “A orientação da Sesau neste momento é para que os pais e responsáveis só busquem o atendimento de urgência em casos de maior gravidade, evitando assim longa espera, considerando o aumento exponencial na procura por atendimento, sobretudo de crianças com quadro viral respiratório”, disse.
A Sesau acrescentou que, atualmente, 60% da demanda das UPAs e CRSs é de pacientes azul e verde, ou seja, que poderiam ser atendidos na Atenção Primária.
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