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Capital

“Estamos sofrendo demais”, lamenta família de jovem morta em ataque no Itamaracá

Ela estava com o namorado, quando os 2 foram baleados. Na delegacia, Ewerton disse não saber quem era o autor

Geisy Garnes, Bruna Marques e Ana Oshiro | 02/09/2021 11:38
Bruna morreu aos 22 anos, após levar dois tiros no pescoço. (Foto: Redes Sociais)
Bruna morreu aos 22 anos, após levar dois tiros no pescoço. (Foto: Redes Sociais)

A morte de Bruna Moraes Aquino, de 22 anos, ainda é um mistério e para a família, uma dor difícil de suportar. Nesta manhã, os parentes se uniram na casa da vítima, na Vila Olinda, para apoiarem uns aos outros, enquanto esperam o sepultamento da jovem, que perdeu a vida, após levar dois tiros, na noite desta quarta-feira (1°), no Jardim Itamaracá.

“Estamos sofrendo demais”, resumiu a tia da jovem, Bruna Moraes, de 32 anos. Em poucas palavras, ela contou que a irmã veio de Chapadão do Sul para se despedir da filha e que a sobrinha ganhou o nome em sua homenagem.

Nas redes sociais, as homenagens feitas por ela, mostram o amor maternal pela sobrinha. “Deus levou você minha menina, minha filha que cuidei com tanto amor e carinho. Que o senhor te receba de braços abertos”. As mensagens de carinho a vítima, acompanhadas de fotos, também foram compartilhadas pela filha de Bruna e diversos amigos.

Bruna e a tia, de quem herdou o nome. (Foto: Redes Sociais)
Bruna e a tia, de quem herdou o nome. (Foto: Redes Sociais)

“Falta palavras para expressar a dor que estou sentindo neste momento. Perdi uma amiga, uma das melhor pessoas que a vida me deu”, escreveu uma das amigas nas redes socais. Bruna deixa uma filha de apenas 2 anos.

A morte – De acordo com o registro policial, Bruna estava com o namorado Ewerton Fernandes da Silva, de 34 anos, em um Volkswagen Gol prata, quando um homem, ainda não identificado, usando roupas escuras e capacete, se aproximou do veículo a pé, parou do lado da porta do passageiro e disparou contra o casal.

O namorado de Bruna contou à polícia que percebeu que havia sido atingido de raspão no braço e, logo em seguida, viu a jovem inconsciente, sangrando muito, por isso, acelerou o carro e foi para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Segundo o depoimento de Ewerton, foram três ou quatro disparos.

Bruna chegou sem vida na unidade de saúde e a polícia foi chamada pelos funcionários da UPA. Na delegacia, Ewerton disse aos policiais que não sabia quem seria o autor dos disparos, mas contou que três dias atrás, entre os dias 29 e 30 de agosto, ele e Bruna foram perseguidos por dois homens em uma moto, que atiraram contra o carro, depois de confusão em casa noturna na Av. Ernesto Geisel com a Av. Salgado Filho.

Na data, a jovem chegou a ser atingida de raspão na nuca, mas preferiu não registrar boletim de ocorrência. Em depoimento, o homem afirmou que o disparou aconteceu, depois que ele discutiu com um homem chamado "Wellington", que teria dado em cima da namorada.

Passagens – Conforme apurado pela equipe de reportagem, Ewerton possui várias passagens pela polícia entre 2007 e 2019. Conhecido como “Passarinho”, o homem soma registros de violência doméstica, calúnia, roubo majorado pelo emprego de arma, violação de domicilio, violência doméstica, lesão corporal, furto, tráfico de drogas e dano. Por duas vezes – em 2008 e 2017 –, foi preso em flagrante.

A morte de Bruna segue em investigação pela 4ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

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