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Capital

Exame descarta febre amarela em caminhoneiro que passou por MS

Vigilância Epidemiológica de Blumenau, onde paciente mora, afirma que resultados de teste saíram nesta semana; homem teve leptospirose

Anahi Zurutuza | 08/02/2017 16:55
Doses da vacina contra a febre amarela, que estão disponíveis nos postos de saúde (Foto: Alcides Neto)
Doses da vacina contra a febre amarela, que estão disponíveis nos postos de saúde (Foto: Alcides Neto)

O caminhoneiro de 39 anos que passou por Mato Grosso do Sul e depois apresentou sintomas de febre amarela em Blumenau (SC), cidade onde mora, não teve a doença. O caso estava sendo investigado pela Vigilância Epidemiológica do município catarinense, onde exames laboratoriais descartaram contaminação com o vírus causador da doença, havendo a confirmação de que na verdade ele teve leptospirose.

De acordo com a chefe da vigilância, Ivonete dos Santos, os resultados dos testes feitos no laboratório Adolfo Lutz, em São Paulo, ficaram prontos nesta semana. Ela afirma ainda que é impossível determinar onde o paciente contraiu leptospirose, uma vez que ela é adquirida após o contato da pessoa com a urina do rato.

“O próprio caminhão ou algum lugar por onde ele passou pode servir de abrigo para roedores”. Também não há como saber se o homem contraiu a doença em Mato Grosso do Sul porque o período a pessoa pode manifestar os sintomas até 30 dias depois do contágio.

Diferente da febre amarela, a leptospirose é causada por uma bactéria.

Suspeita – De início, o Ministério da Saúde notificou o caso suspeito de febre amarela para Mato Grosso do Sul, pois o caminhoneiro passou oito dias no Estado – de 25 de dezembro a 2 de janeiro – e esteve em Bonito – a 257 km de Campo Grande – onde há várias áreas de matas.

Contudo, como o caminhoneiro também esteve em São Paulo antes de voltar para Blumenau e ficar doente, em meados de janeiro.

O lapso de tempo entre a saída do paciente do Estado e quando apresentou os sintomas já havia quase descartado que se o paciente realmente tivesse febre amarela, o contato com o vírus não teria sido aqui. Isso porque o período de incubação da doença – intervalo entre a picada do mosquito e o aparecimento dos sintomas – é de três a seis dias.

Surto – Conforme o boletim do Ministério da Saúde, no Brasil, há 765 casos de febre amarela em investigação, 215 foram confirmados e 80 descartados. Dos 166 óbitos notificados, 70 foram confirmados, 93 ainda são investigados e três foram descartados.

Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Tocantins são os Estado onde há pacientes com suspeita da doença.

Doença - A febre amarela é uma doença infecciosa, causada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos, por isso, há maior risco em Estado existem matas, como é o caso do Mato Grosso do Sul.

Os sintomas são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo. A doença causa insuficiência hepática e renal.

A vacina, que tem validade de dez anos, é a melhor forma de prevenção, segundo o Ministério da Saúde.

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