Executado a tiros já foi preso com viatura falsa fazendo escolta de comparsa
Em carro Pajero, polícia ainda localizou arma de fogo com Lucas; a morte dele é investigada pela polícia
Lucas Henrique Rodrigues Dias, 27 anos, executado no fim da tarde desta segunda-feira (11), já foi preso com uma viatura falsa da polícia e fazendo escolta de um detento que cumpria pena em regime aberto, em Campo Grande. Ontem, Lucas foi morto a tiros na porta de casa, localizada no Loteamento Bela Laguna, região do Portal Caiobá.
A denúncia de escolta foi feita pela equipe de inteligência da Agepen-MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) que suspeitou da situação e acionou a Polícia Civil. Conforme boletim de ocorrência, toda vez, Lucas fazia a escolta do comparsa em um veículo Pajero, cor prata.
No dia 6 de abril deste ano, os policiais checaram a informação. Os investigadores foram até a Rua Américo Marques, na Vila Sobrinho, e presenciaram a aproximação do Pajero. Foi feita a abordagem aos ocupantes, sendo Lucas e outros dois homens no veículo, um deles o detento.
Os policiais localizaram no veículo uma arma de fogo calibre 38 e um dispositivo que aciona sinais luminosos, similares a veículos policiais. Questionados, os suspeitos disseram que realizavam a proteção do colega porque são "oposição do PCC". Eles pegavam o detento no presídio e levavam para o Centro da Capital.
Na casa de Lucas, nessa ocasião, a polícia também apreendeu itens para a preparação de drogas. Ele acabou autuado por tráfico.
A reportagem apurou que Lucas usava tornozeleira eletrônica e tinha passagens recentes no sistema prisional. Pela busca do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), foi possível confirmar que Lucas já foi réu de crimes como receptação, tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
Execução - Lucas foi abordado no portão de casa onde morava e tentou correr. No vídeo obtido pelo Campo Grande News, é possível observar que ele cai no asfalto após ser atingido por um dos tiros. A forma como o atirador age é de extrema violência. O homem encapuzado chuta o corpo da vítima já desacordada e atira várias vezes no rosto dele. A situação se repete até que um segundo envolvido também faz disparos de arma de fogo.
A ação segue até a entrada dos envolvidos em um Volkswagen Gol preto, ainda não localizado. De acordo com o delegado Felipe Paiva, diversas cápsulas de pistola ficaram caídas entre as ruas Marco Aurélio Bastos e Poente, situadas no Loteamento Bela Laguna.
"Foram 47 até o momento. Como eram quatro pessoas, sendo um motorista, estamos estudando a possibilidade de serem três armas de calibre 380 e 9 milímetros. A vítima estava acompanhada da esposa e uma criança na residência, ninguém além dele se feriu", disse Paiva. Não há informações de quantos tiros atingiram a vítima.
Junto ao corpo, foi encontrada uma pequena quantidade de maconha e cédulas de dinheiro.
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