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Capital

Família acompanha audiência sobre assassinato de vereador

Danúbia Burema e Jorge Almoas | 08/02/2011 13:40

Oito pessoas, entre acusação e defesa, devem ser ouvidas hoje

Audiência é feita na 2ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: João Garrigó)
Audiência é feita na 2ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: João Garrigó)

Pelo menos quinze familiares do vereador Carlos Antônio Costa Carneiro estão no Fórum para acompanhar a segunda audiência sobre seu assassinato, ocorrido no dia 26 de outubro do ano passado em Campo Grande.

Usando camisetas com a foto do vereador, a família pede Justiça. Três acusados devem ser interrogados hoje, mas o mandante do crime ainda não figura no processo.

Viúva do vereador, Nara Simones Carneiro, de 38 anos, diz que a ‘briga’ dos familiares é justamente para descobrir quem encomendou o assassinato do marido. Para ela, a punição ao responsável ajudará a aliviar o sofrimento da família.

Desde o crime, ela não conseguiu retornar à residência da família. “Está muito difícil e eu precisei reformar a casa para as minhas filhas quererem voltar para lá”, diz.

Pai do vereador assassinato, Alcindo Carneiro voltou a acusar o prefeito Manoel Nunes (PR) de ser o mentor do assassinato. “Quem mandou matar foi o prefeito. Meu filho não quis entrar no bando dele para roubar junto, foi morto por ser honesto”, diz o pai.

Apesar da acusação, Manoel Nunes não figura na lista de réus. Entre a acusação e defesa, devem ser ouvidas hoje oito testemunhas.

Serão interrogados Aparecido Souza Fernandes, de 34 anos, acusado de pilotar a motocicleta usada pelo homem que atirou contra o vereador, Irineu Maciel, de 34 anos. Valdemir Vansan, de 37 anos, é apontado como o responsável pela contratação do crime de pistolagem.

Crime - Carlos Antônio Costa Carneiro era presidente da Câmara Municipal de Alcinópolis e foi morto em Campo Grande.

No carro que o vereador usava no dia do assassinato, foram encontrados documentos de defesa quanto à briga judicial envolvendo Câmara e Prefeitura de Alcinópolis.

A briga era pelo valor de R$ 273 mil, que deveriam ser utilizados na construção do prédio do legislativo municipal, mas a prefeitura pedia a devolução por atraso no início das obras.

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