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Capital

Família de menino morto após recusa do Samu pede ajuda para velório

Filipe Prado | 07/03/2014 17:49

A família de Heber Caio Romero, 8 anos, que morreu na madrugada de hoje (07), após sofrer uma reação alérgica e não ser atendido pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), não conseguiu pagar o velório do menino e pede ajuda.

Segundo a gerente da casa de show onde o pai do menino, Robson Silva Ribeiro, 38, trabalha como segurança, Andréa Chaves, 44, ele está desesperado com a situação. “O velório será hoje às 18h, mas ele ainda não tem o dinheiro para pagar o velório e nem o enterro”, contou.

A funerária cobrou R$ 3 mil para o velório, porém Robson conseguiu um desconto de R$ 1 mil, mas ainda não tem dinheiro suficiente para quitar a dívida. “Seria um preocupação a menos para ele e para família”, comentou.

Andréa revelou que irá atrás das doações. “Pode ser qualquer quantia. Eu mesmo vou buscar. Até as 23h de hoje vamos procurar pessoas para nos ajudar”. Os funcionários da empresa onde Robson trabalha, também doaram uma quantia para ajudar no velório.

A gerente ainda revelou que a família do garoto está abalada. “A mãe do menino está desesperada, pois fica dizendo que matou o próprio filho”, contou Andréa. Além de Heber, Robson tem mais sete filhos.

Para doar é só entrar em contato com Andréa pelo telefone 9287-0974.

Caso – Após torceu o joelho esquerdo jogando bola com os irmãos a terça-feira de Carnaval (4), Heber não foi levado para o hospital, pois o Robson alegou não ter condições de levar o menino ao médico.

O pai contou que a mãe partiu a metade de um comprido Torsilax - combinação de relaxante muscular, anti-inflamatório e analgésico - e deu para a criança. Por conta disso, no dia seguinte o menino amanheceu com uma reação alérgica ao medicamento, teve calombos roxos pelo corpo e inchaço na lesão da torção.

Robson contou que na madrugada de hoje estava trabalhando, quando a mulher ligou por volta das 3h30 dizendo que o filho havia piorado. “Desesperada, a minha esposa acionou o Samu e explicou a situação da criança, mas eles disseram que o caso não era grave e por conta disso não podiam fazer o transporte”, diz Robson.

A mulher então começou a bater de porta em porta, quando um vizinho colocou a criança no carro a levou para o Centro de Saúde 24 horas do bairro Tiradentes. “Ele chegou morto na unidade”, contou. Segundo ele, o que mais revolta é o critério de seleção do Samu.

O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, informou que irá abrir sindicância para apurar o caso.

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