Família de vereador preso contesta ação da Polícia e provas
Primo e esposa dizem que policiais foram truculentos
Para a esposa do vereador Enio Queiroz (PR), primeiro secretário da Câmara Municipal de Alcinópolis, e para o primo dele, a Polícia Civil agiu de forma truculenta ao fazer a prisão, no início da manhã desta quinta-feira, e também não tem provas do envolvimento dele no assassinato do colega Carlos Antônio Carneiro, ocorrido em outubro do ano passado em Campo Grande.
Rosimeire Mendes da Silva, 35 anos, e Adalton Queiroz, disseram que os policiais não esperaram o portão ser aberto e o arrombaram, entrando na casa onde havia crianças.
Adalton questiona as provas contra Enio e a apreensão do computador dele. “A Polícia não tem provas. Por que apreender agora o computador se o caso já tem quase um ano? Já tinha sido apreendido os chips dos celulares de todos os vereadores”, diz.
Para o empresário, Enio pode ter sido preso por que é da base aliada ao prefeito Manoel Nunes da Silva (PR), também preso nesta quarta-feira suspeito de envolvimento no homicídio.
“Só por que é da base aliada foi preso? Acusações a gente escuta faz tempo”, declara. Segundo o primo do vereador, Enio é amigo pessoal de Manoel Nunes há muitos anos, antes de entrarem para a vida política.
Os dois e ainda o presidente da Câmara, Valter Roniz (PR), Valdeci Lima (PSDB), o comerciante Ademir Luiz Muller e a funcionária da prefeitura Jurdete Marques de Brito, foram presos nesta quarta-feira.
A Polícia Civil quer chegar ao mandante do crime e demais envolvidos na morte de Carlos Carneiro. O pistoleiro que atirou na vítima, Irineu Maciel e o dono da moto em que ele estava, Aparecido Souza Fernandes, foram preso logo após o assassinato.
Dias depois foi para a prisão Valdemir Massan, cunhado de Irineu, que segundo este disse à Polícia, foi quem intermediou a ação entre o mandante e o executor.
Em interrogatório diante do juiz, Irineu deu uma nova versão para o crime. De acordo com ele, o motivo foi vingança porque o vereador o teria humilhado.
A Justiça determinou que Valdemir, Irineu e Aparecido fossem levado a júri popular, mas os acusados recorreram da decisão.