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Capital

Fim de semana é de silêncio e luto em campo onde jogador morreu

No Bairro Coophavila II, o campo de futebol Marambaia tem portão fechado e moradores lamentam morte

Por Caroline Maldonado e Kamila Alcântara | 10/03/2024 11:11
Campo de Futebol Marambaia com portão fechado, no Bairro Coophavila II (Foto: Marcos Maluf)
Campo de Futebol Marambaia com portão fechado, no Bairro Coophavila II (Foto: Marcos Maluf)

Em um domingo qualquer haveria três partidas e muito movimento no Campo de Futebol Marambaia, na rua de mesmo nome, no Bairro Coophavila II, onde o jogador amador José Luiz de Lima, de 30 anos, sofreu acidente que ceifou sua vida, no último fim de semana. No entanto, este fim de semana tem portões fechados e um silêncio que impressiona os moradores acostumados com o barulho dos jogos.

O homem bateu a cabeça na mureta depois que outro jogador esbarrou nele na disputa pela bola. José foi socorrido e morreu dois dias depois na Santa Casa de Campo Grande em função do traumatismo craniano e danos irreversíveis no cérebro. Ele fazia parte do time amador Esporte Clube Beira Mar.

Quem mora próximo ao campo conta que é estranho ver o campo vazio de tão tradicional que eram as partidas aos finais de semana. Os moradores estão acostumados com a movimentação intensa, mas alguns gostariam que houvesse mais organização para evitar brigas.

Moradora em frente ao campo há 30 anos, Maria Lúcia Miranda, de 62 anos, conta que estava sentada na calçada quando viu o acidente.

“Nunca tivemos sossego. Nesse campo já saiu facada, briga e durante uma confusão já levei até capacetada. É sempre uma baderna e a morte que aconteceu é resultado dessa bagunça constante. Fico triste pela mãe dele que perdeu ele nessa situação”, lamenta Maria.

Maria Lúcia Miranda mora na Rua Marambaia há 30 anos (Foto: Marcos Maluf)
Maria Lúcia Miranda mora na Rua Marambaia há 30 anos (Foto: Marcos Maluf)

Durante a última semana, a organização do campo retirou as redes dos gols e trancou os portões, segundo a vizinha Dalila Santiago, de 33 anos. “É a primeira vez que um acidente grave assim acontece. A vítima saiu com Samu, mas o próximo pode sair com carro de funerária”, comenta Dalila.

Morando em frente ao campo há 20 anos, Cláudio Severo, de 66 anos, diz que o silêncio impressiona, pois não há nem crianças soltando pipa hoje no campinho ou na rua. “Pessoalmente, penso que foi uma fatalidade. Nem em feriado fica tão vazio assim”, disse

Os tios e alguns familiares de Izabella Garrido costumam participar dos jogos. Ela conta que quando receberam a notícia da morte “toda a rua sentiu”. “Ficou um clima bem pesado, bem difícil e hoje este silêncio e vazio reflete essa sensação de luto”, diz.

Veja abaixo a imagem de câmera de segurança que mostra o momento em que outro jogador esbarra em José para tentar pegar a bola e ele cai, batendo a cabeça na mureta.



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