Fiscais vão às agências da Caixa por aglomeração, mas não encontram filas
Agências percorridas pela reportagem não tem movimento, mas ainda há quem não tenha conseguido sacar primeira parcela do auxílio

Na manhã desta quarta-feira (20) o movimento é tranquilo nas agências da Caixa Econômica Federal de Campo Grande. Esperando aglomeração, ainda assim, fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) visitam unidades. Em meio à tranquilidade desta manhã, há quem ainda não tenha conseguido sacar a primeira parcela do auxílio emergencial.
A reportagem percorreu agências na Avenida Afonso Pena, Rua 13 de maio, Rua Barão do Rio Branco, Avenida Eduardo Elias Zahran e Avenida Julio de Castilho. Na 13 de maio, a maior agência da Caixa era cenário para uma pequena linha de pessoas, menos de dez. Ali esperava a dona de casa Elecir de Moura Pereira, 73, que veio de Sidrolândia ontem a noite só para ir até a agência.
Ela viu nos noticiários as filas enormes e tentou se antecipar ao desgaste para tentar receber, ainda, a primeira parcela. “Entro e peço para fazer uma conta e quando tento abrir não consigo finalizar”, conta, sobre o aplicativo. “Estou precisando do dinheiro para pagar contas e comprar comida, sou viúva e moro sozinha”, disse ela.
“Deus abençoe que eu consiga resolve tudo isso hoje”, comentou Elecir.
“Quando eu vi [movimento tranquilo] dei graças a Deus porque estava horrível esses dias atrás”, emendou ela.
É o que também comentavam os fiscais da Semadur, que foram às agências da Julio de Castilho, Gury Marques e Gunter Hans. Na Julio de Castilho, comentaram que o objetivo, além de fiscalizar a distância entre as pessoas, era orientar as o público sobre a segurança sanitária contra o contágio do novo coronavírus, mas não foi necessário pedir distância.
A circulação rápida de pessoas que foram desinformadas em busca do saque da segunda parcela, que ainda não começou, fez com que rapidamente deixassem as agências e quem permaneceu foi para resolver outros problemas no banco ou tentar sacar a primeira parcela.
Na Barão do Rio Branco, pouca gente ouvia as informações de um funcionário da Caixa orientando sobre o calendário de saques da segunda parcela. De Corumbá e seguindo viagem em direção a Santos (SP), o caminhoneiro José Raimundo Feitosa, 61, estava com veículo carregado de adubos, mas aproveitou a passagem na Capital.
Ele foi com a intenção de sacar a segunda parcela do auxílio e ao saber que ainda não podia, aproveitou para perguntar se poderia fazer isso no estado de São Paulo, pois não sabe quando vai voltar a Mato Grosso do Sul.
“Consegui esse serviço depois de alguns dias parados e minha preocupação é se consigo fazer em outro estado, porque estou indo para Santos”, contou ele. “Vou ter que resolver na cidade em que eu parar. Vou chegar em Santos na sexta, vou carregar em Guarulhos, não sei quando vou voltar”, explicou. José Raimundo tem três filhos e a primeira parcela ele deixou com a esposa. a primeira parcela com a minha esposa.
“Esse dinheiro é abençoado por Deus”, comentou o caminhoneiro.