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Capital

Frajola ganha causa e multa é de R$ 20 mil para quem tirar o gato de condomínio

Mascote “comunitário” vive no local há 4 anos e ganhou o carinho de vários moradores

Beatriz Magalhães | 12/01/2022 15:38
Frajola é o gato comunitário que foi à Justiça lutar pela permanencia no condimínio. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Frajola é o gato comunitário que foi à Justiça lutar pela permanencia no condimínio. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

O gato Frajola, adotado por moradores do Residencial Mangaratiba, Bairro Tiradentes, em Campo Grande, vai poder permanecer no local como animal comunitário. A decisão judicial foi divulgada nesta quarta-feira (12) e caso haja o descumprimento da ordem, a multa passa de R$ 5 mil para R$ 20 mil.

De acordo com laudos veterinários, o bem-estar do animal pode ser prejudicado caso seja removido do local. “Se for para uma casa, provavelmente tentará fugir para voltar para o ambiente que considera “seguro”, de modo que se for retirado, poderá sofrer, não se adaptar, ter medo, parar de se alimentar, adoecer”, afirma.

Os laudos descrevem ainda que o gato é um animal com dificuldade de adaptação em determinados ambientes e que se retirado do local onde tem o convívio das pessoas, cheiros e objetos que conhece pode haver prejuízos ao comportamento e saúde física.

Garantindo a permanência de Frajola no local, a sentença coloca que os responsáveis legais devem ser responsáveis principais pelos cuidados do animal quanto à saúde, higiene e alimentação, mas que todos os moradores que sentem afeto pelo animal podem prestar assistência ao Frajola.

Moradores que defendem a permanência do gato no condomínio. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Moradores que defendem a permanência do gato no condomínio. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

O caso - O gatinho apareceu no condomínio há cerca de 4 anos, na gestão de outro síndico e ao Campo Grande News, moradores falaram sobre o temperamento dócil do gatinho, que conquistou a simpatia de boa parte dos moradores.

Em agosto do ano passado a Justiça decidiu que, mesmo com manifestações contrárias, o gato tinha o direito de permanecer no local como um animal comunitário. Já no mês de dezembro de 2021, Frajola "assinou" com a própria pata um pedido judicial para continuar no condomínio.

No pedido, uma das alegações foi de que o felino “ao longo de mais de 4 anos de convivência com os moradores do Parque Residencial Mangaratiba, estabeleceu com aquela comunidade laços de dependência física e emocional e de manutenção, mesmo não possuindo um responsável único e definido”.

Legislação municipal do bem-estar animal considera Frajola um animal comunitário.

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