Funcionárias denunciam empresa que presta serviço para Universidade Federal
Duas funcionárias da empresa Douraser que presta serviços de limpeza e conservação para a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do SUL) alegaram na semana passada que estão sendo prejudicadas pela firma.
De acordo com os relatos, a empresa estaria ferindo os direitos trabalhistas dos empregados. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), segundo as funcionárias, é descontado pela empresa, porém no órgão elas afirmam que o valor não estaria sendo recolhido há pelo menos cinco meses.
“Na carteira eles descontam, mas a gente foi ao INSS e está há cinco meses atrasado. O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) eles não depositam há sete meses”, afirmou Janine Simone Tavares Fernandes, 30 anos.
Serviços gerais da Douraser, Janine acredita que a situação deve ser levada à justiça. “Não adianta mais a gente se queixar. O negócio é ir ao Ministério do Trabalho”. Segundo ela, a empresa está tentando enganar os funcionários.
A também funcionária Paula dos Santos Ferreira, 27 anos, serviços gerais, contou a reportagem do Campo Grande News que ao entrar de licença à maternidade a empresa teria pagado os salários referentes à licença sem descontar os impostos devidos, o FGTS e o INSS.
As duas empregadas alegam ainda que não recebem o adicional de insalubridade, já que recolhem lixo. “Eu sei que está errado. A gente quer que regularizem a situação. A gente faz o serviço certo e queremos que a empresa faça certo com a gente”, disse Paula.
Empresa: O responsável pelo trabalho da Douraser na UFMS, Flávio Felipe Soares da Silva, informou que as denúncias são todas sem fundamento e que nenhuma das alegações procedem.
Sobre o INSS ele explicou que o imposto é pago sempre referente ao mês anterior. “Pagamos o mês de novembro que é referente ao mês de outubro. O mês de novembro será pago em dezembro. Portanto, o último pagamento foi o mês de outubro”.
Flavio lembra ainda que o FGTS é apresentado juntamente com a nota fiscal GFIP (Guia de recolhimento do FGTS ). “A gente entrega para a UFMS, senão a gente não recebe pelo serviço”.
O adicional de insalubridade, segundo Flavio, não é especificado para as funções das empregadas, já que recolhem apenas o lixo comum. "Essas informações não procedem", afirma.
Em abril deste ano a empresa já havia sofrido com as reclamações dos funcionários sobre os salários atrasados.